19/10/2015 - 13:59h
Nunca se falou tanto em inovações no contexto pedagógico. O surgimento de novos recursos tecnológicos e formatos de pedagogia colocam diversos tipos de mudanças em curso, que levam as escolas para muito além das suas bibliotecas, salas de aula, Professores e alunos. As rápidas e necessárias transformações nos colégios e instituições de ensino colocam os gestores do mercado de educação em uma corrida constante, para se adaptar aos novos tempos e alunos.
É natural que alunos, pais e professores pressionem as escolas a adotarem soluções digitais. De acordo com a pesquisa da Penn SchoenBerland, para 77% dos brasileiros, as escolas e professores devem se apoiar mais na tecnologia para melhorar o sistema educacional. Os donos de instituições já entenderam que investimento em tecnologia é um diferencial de vendas e um bom negócio para aumento de matrículas. O motivo é um pouco óbvio: os pais preferem que seus filhos estudem em escolas atualizadas, que o filho tenha prazer em frequentar e que ofereçam diversos recursos e serviços diferenciados.
Porém, essa questão deve se tornar um fator de sobrevivência para os gestores e muitos ainda desconhecem como fazer. A capacidade de inovar representa um dos principais ativos das organizações hoje, mas, o que vemos na maioria das vezes nas escolas são salas lotadas, com carteiras enfileiradas, foco em conteúdos previamente estabelecidos e ensino massificado. Seria ótimo, se o objetivo fosse formar funcionários para linhas de produção, como na época da Revolução Industrial. Modelo muito antiquado para as escolas que querem sobreviver ao novo contexto.
Muito se engana quem pensa que, só consegue mudar esse cenário, os gestores que têm muito dinheiro para investir em tecnologias de ponta. Muitas vezes o conceito de inovação tem sido confundido com tecnologia. De fato, as ferramentas tecnológicas de aprendizagem são meios de inovação, mas nem toda inovação precisa, necessariamente, de recursos tecnológicos requintados e de alto custo.
Um primeiro passo, simples e essencial é escutar estudantes, educadores e pais. Os gestores precisam estabelecer diálogos através de reuniões ou até mesmo conversas informais para discutir sobre a adoção de tecnologia na escola. Entender e alinhar essa ideia com todos os envolvidos é um fator importante para o desenvolvimento de novas práticas e modelos pedagógicos.
Além disso, estabelecer parcerias com empresas para estruturar programas de formação de professores é uma ótima ideia. Afinal, não basta adquirir novas tecnologias. É preciso preparar os educadores para as utilizarem como ferramentas pedagógicas ou o investimento se torna um desperdício.
E dessa forma, é possível criar e estabelecer novas ideias que gerarão resultados. Ter bons recursos é ótimo, mas sem uma organização e planejamento correto junto aos alunos, pais e professores, os resultados não serão alcançados.
Com tecnologia aplicada, bons projetos e profissionais preparados, o ensino se torna mais atraente, a cultura de aprendizado é intensificada, e a marca da escola fortalecida. Projetos de colégios que têm a inovação como princípio acabam se tornando conhecidos na sociedade. Isso os coloca como referência no ensino e a conquista e o desempenho dos alunos são apenas consequência do trabalho.
* Por Marcos Abellón, diretor geral da W5 Solutions que criou o Q2L - ferramenta multiplataforma de aprendizado, que utiliza conceitos de gamification para apresentar seu conteúdo ao aluno/jogador e tem disponível: os idiomas inglês e espanhol, além das disciplinas do Ensino Médio. Mais informações em: www.q2l.com.br
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