23/01/2017 - 07:26h
Com o início de um novo ano, é muito comum já começarmos a fazer vários planos para esse nosso novo “eu”. É hora de fechar um ciclo para abrir outro. Esse vai ser o ano em que finalmente vamos ter disciplina para exercitar o nosso corpo, comer de modo mais saudável, ver os amigos com mais frequência, participar dos eventos da família, conseguir a tão sonhada promoção no trabalho e nos estabilizarmos financeiramente. Não sei se sou apenas eu, mas tendo a imaginar que os seres humanos são ótimos em fazer listas. Conseguimos imaginar tudo o que queremos comprar e outras metas menos tangíveis que não poderiam ficar de fora.
A questão, no entanto, é que, ao focarmos nos próximos mil e um planos, acabamos deixando de lado o que mais conta para fechar um ciclo: a reflexão sobre o que foi esse ciclo que passou e quais aprendizados ele trouxe. O grande segredo das resoluções de ano novo não está necessariamente nos alvos que vamos mirar em 2017. Afinal quantas vezes você já não se propôs essas mesmas metas? O que realmente vai ajudar você a não apenas planejar, mas alcançar novos hábitos e conquistas para esse novo ano é se concentrar no caminho e não na linha de chegada.
Você já deve ter ouvido falar que a felicidade está na jornada. Mas já parou para se perguntar o porquê? Uma vez me pediram para descrever qual seria o meu dia ideal. Resumidamente, falei sobre estar com as pessoas que eu amo, talvez viajando todos juntos de carro para algum lugar ao ar livre, um dia de sol acolhedor, risadas e boas conversas. Assim que eu terminei, a pessoa me perguntou: e como esse dia é diferente de qualquer outro?
De fato, a minha descrição foi, de certa forma, tão simples, que poderia ser um domingo qualquer. Foi, então, que eu entendi que era justamente isso. Não precisava ser o dia que eu ia pular de paraquedas ou conhecer uma ilha paradisíaca. Imagina fazer qualquer uma dessas coisas sem ter alguém especial com quem compartilhá-las? Quando eu refleti sobre a minha resposta, entendi que o meu melhor dia era feito pelas pessoas que estivessem ali comigo, independentemente de onde estivéssemos ou o que fôssemos fazer.
Só que, muitas vezes, entramos no piloto automático de fazer, fazer, fazer. Trabalhar, dormir, comer, trabalhar, fazer exercício. Não paramos nem por um segundo para pensar sobre o que estamos fazendo. É realmente isso que eu quero? O problema é que, quando deixamos a nossa vida nessa inércia, acabamos sendo levados pelo que os outros querem ou nos oferecem.
Contudo, só vamos nos dar conta disso depois de ter cruzado a linha de chegada e ver que o prêmio que tanto sonhávamos não era bem aquilo que ganhamos no final. Portanto, nesse novo ano que se inicia a minha dica é PARAR! Pare para refletir sobre o que foi 2016 para você. Veja como fazer isso nos três passos a seguir.
Se eu pudesse deixar um desejo para este ano, seria que todos fôssemos mais presentes. Presentes em corpo e alma nas interações com a nossa família, com o nosso trabalho, nos nossos relacionamentos. Praticar a atenção plena, a escuta ativa são coisas que acabam sendo deixadas de lado frente a correria do dia a dia. Quem pode se dar ao luxo de parar? De “perder” tempo? No entanto, sem essas pausas nos tornamos escravos de um relógio criado por nós mesmos. E você, o que quer levar de aprendizados para esse novo ciclo?
*por Stephanie Crispino* coach de carreira e fundadora da Proposital Coaching.
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