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Os melhores momentos do Day 1 de 2015

17/08/2015 - 09:02h

Confira os highlights do Day 1 do último dia 13 de agosto, com Lemann, Guga, Flavio Augusto e outros ícones do empreendedorismo.

Teve riso, teve choro, teve até uma anta. O Day 1 é sempre um mix de emoções, mas esse, amigos, foi especial. Se você perdeu, não tem problema. Enquanto as histórias em HD ficam prontas, a gente disponibiliza o vídeo da transmissão na íntegra ali em cima e te intera dos momentos mais marcantes aqui em baixo.

Jorge Paulo Lemann e a importância de fazer burradas

Quem vê hoje o grande homem de negócios que é Jorge Paulo Lemann, não pensa nos grandes erros que ele precisou cometer em sua jornada. Algumas das maiores lições ele tirou de sua juventude e da primeira vez que faliu uma empresa:

Sem esforço, nunca se tem resultado. Aos 17 anos, fui para Harvard, onde estavam os jovens mais brilhantes do mundo – e eu, um surfista e tenista que nunca tinha estudado muito. Depois de um ano lá quase fui expulso, porque soltei uns fogos que não poderia, mas acabaram me dando uma chance. Entendi que eu deveria encontrar uma maneira de completar meu curso, ou eu nunca teria um diploma de Harvard. Comecei a estudar umas 6 horas por dia, todos os dias após as aulas”.

Quando enfim completou o curso, Jorge Paulo se juntou a outros ex-alunos de Universidades da Ivy League (consideradas as melhores dos EUA) e montou uma financeira. Seus sócios eram mais velhos e mais experientes, todos com formação acadêmica exemplar, mas passaram-se apenas 4 anos anos até que a empresa foi à falência.

“Eu tinha 26 anos e aprendi que não era tão inteligente assim”.

“Faliu porque não tinha nenhuma administração, éramos todos parecidos. Todo mundo queria tomar conta, mas ninguém olhava para a retaguarda. Aprendi a ter outros tipos de pessoas comigo e que toda empresa precisa ter uma boa administração, senão não anda. O ‘goleiro’ é tão importante quanto as pessoas que estão fazendo os negócios. Aprendi a tratar muito bem os goleiros”.

O lado empreendedor de Guga Kuerten

Guga subiu no palco admitindo que tinha ido ao dicionário ver em que definição de empreendedor ele se encaixava: realizador de uma tarefa muito difícil.

Sua carreira foi toda marcada por dificuldades, vitórias e improbabilidades. No Day 1, Guga foi puro coração. Contou sua história pelas histórias da família, que inclui seu treinador, Larrí.

Do seu lado, foi mais empreendedor do que nunca. Fora da quadra, por exemplo, gerindo recursos quando ficou sem patrocinador. Dentro dela, na agilidade e pressão:

“Cada vez a bola vem diferente. São 300 hipóteses por segundo. Não dá para parar e analisar, tem que decidir a cada milésimo de segundo”.

Vilmar e Aline Ferreira em gerações de superação

Vilmar teve uma infância muito pobre na roça. Aos 18, decidiu deixar o interior do Ceará para ir a Fortaleza, em busca de uma vida melhor:

“Juntei as trouxas, peguei carona de caminhão e fui procurar Emprego. Eu ganhava menos de um salário mínimo. Meu patrão fez essa oferta e eu ainda agradeci.

Ele me colocou o apelido de pimenta, porque eu era muito rápido. Me deu um dinheiro para comprar sacos de feijão. Comprei e comprei mais barato que ele, porque enquanto ele ia andando para 10 armazéns, eu ia correndo em 20 armazéns, via a qualidade, o preço e fazia meu leilãozinho.

Ele nunca aumentou meu salario, nem eu nunca pedi. Mas nunca deixei de trabalhar com o mesmo entusiasmo. A empresa dele já tinha mais que dobrado em 6 meses”.

E essa atitude que diferenciava Vilmar como um empreendedor nato. Tudo isso era para que ele juntasse um dinheirinho e pudesse abrir seu próprio negócio.

Voltou para o interior e montou uma mercearia. Quando foi se despedir do ex-patrão em Fortaleza, ele só faltava implorar para que Vilmar não o deixasse.

“Ele me ofereceu 5% da empresa e um salário justo, mas eu não queria mais ser empregado”.

Vilmar chegou a ter outros negócios familiares antes de construir a Aço Cearense, hoje sob comando de sua filha, Aline – que compartilhou também a dor que precisou resignificar para provar-se capaz de tudo. Os dois sempre estiveram acompanhados de muita garra e superação. Veja o Day 1 para se emocionar com essa história.

Nelson Sirotsky e o sonho da perpetuação

Aos 20 anos, ele pediu demissão da empresa do próprio pai – na época Rádio Gaúcha, hoje Grupo RBS – por um conflito de visões. Mesmo sem viabilidade comercial, Nelson estava convicto que a rádio deveria cobrir a Copa do Mundo e acompanhar a seleção brasileira. O “chefe” acabou pedindo que ele voltasse e assumisse a responsabilidade de arranjar investimento para realizar a transmissão. Foi o que Nelson fez.

A cobertura foi o pontapé inicial do crescimento da RBS. Tanto que, anos depois, quando seu pai faleceu, Nelson era o favorito para assumir a presidência. Só que a família chegou a outra decisão.

“Eu tinha 33 anos e estava absolutamente traumatizado pela morte dele e por todos os significados que isso tinha pra mim. Naquele momento, precisávamos colocar à frente dos interesses individuais, os interesses coletivos”.

Veja as lições de Nelson sobre apostar no que acredita, sempre mantendo o profissionalismo.

Daniel Wjuniski: transformando dificuldade em negócio

“Bolota” foi só um dos apelidos que acompanhou o Daniel até sua adolescência. Mas suas complicações de saúde mesmo vieram mais tarde, quando começou a sentir dores abdominais muito fortes. Operou-se da apendicite e parecia tudo certo. Só que no mês seguinte, as dores voltaram e Daniel recebeu o diagnóstico de verdade: ele tinha doença de Crohn.

Não sabe o que é isso? Ele também não sabia. Foi buscar mais informações no Cadê e no Altavista (Google não existia) e apenas sites americanos puderam ajudá-lo a conviver melhor com aquela notícia.

Esse foi seu Day 1, e o que motivou a criação do Minha Vida e do Dieta e Saúde, que ajudam milhões de brasileiros a viverem mais e melhor consigo mesmos.

“A historia de cada uma das pessoas que impactamos me fazem querer crescer a cada dia”.

Hoje, 500 mil pessoas conhecem mais sobre a doença de Crohn a cada ano.

“É possível realizar o seu sonho, e se você realizá-lo, você também realiza o de milhares de pessoas”.

Flavio Augusto e o valor do coletivo

Flavio Augusto foi criado sendo o centro do universo, de acordo com suas próprias palavras – “Minha avó levava suquinho para mim”. Mas foi quando se apaixonou por sua atual esposa, Luciana, 25 anos atrás, que ele deixou de pensar no “eu” e passou a pensar no “nós” pela primeira vez.

“Eu comecei a pensar em ganhar dinheiro. Arranjei emprego em uma escola de inglês. Levava duas horas para ir e voltar, pagava eu mesmo as fichas telefônicas para poder trabalhar. Naquela empresa cresci, em 4 anos virei gestor e quis abrir meu próprio negocio”.

R$20 mil no cheque especial – dele e da Luciana – e foi criada a WiseUp. O “nós” foi ficando ainda maior, agregando todas as pessoas que ele poderia impactar.

Flavio vendeu a rede, mas sentiu falta de ampliar seu “nós”.

“Quando você vive o ‘nós’, seu ‘eu’ é recompensado”.

Montou então o Geração de Valor, que tem objetivo de compartilhar conhecimento sobre empreendedorismo em redes sociais: “Eu tinha uma necessidade de dizer para as pessoas que elas têm a capacidade de mudar seu próprio destino”.

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Fonte: Endeavor


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