25/09/2015 - 11:58h
O Brasil será palco de um importante evento científico: a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (VII OLAA). A edição desse ano acontece entre 27 de setembro e 04 de outubro, nas cidades do Rio de Janeiro e de Barra do Piraí (RJ). A abertura será no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro. O programa contará ainda com visitas ao Pão de Açúcar e ao Laboratório Nacional de Astrofísica (Brazópolis, MG).
A nossa delegação será representada por cinco estudantes do ensino médio: Ana Paula Lopes Schuch (Porto Alegre, RS), Renner Leite Lucena (Fortaleza, CE), Gustavo Guedes Faria (São José dos Campos, SP), Leonardo Henrique Martins Florentino (São Paulo, SP), e Víctor Gomes Pires (São Paulo, SP).
Os líderes da equipe serão os Professores Dr. Júlio César Klafke (Universidade Paulista, UNIP) e Doutoranda Josina de Oliveira do Nascimento (Observatório Nacional, ON), com o apoio do Dr. Gustavo Rojas (UFScar) e MSc. Thiago Paulin Caraviello (ETAPA). O presidente da OLAA 2015 será o Dr. João Batista Garcia Canalle e o coordenador, o Dr. Eugênio Reis Neto (Museu de Astronomia e Ciências Afins, Mast).
Na edição anterior, no Uruguai, a delegação levou três medalhas de ouro e duas de prata. Todos da equipe ganharam o prêmio especial de “Melhor Prova Individual” por terem gabaritado os exames. E o estudante Rafael Charles Heringer Gomes ainda levou a premiação especial de melhor prova em grupo e melhor prova de foguetes e Carolina Lima Guimarães (Vitória, ES) recebeu o título de melhor companheira da olimpíada. Até hoje, o país já conquistou 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da OLAA.
A OLAA
As provas da olimpíada serão divididas em teoria, prática e reconhecimento do céu. A prova teórica será realizada em duas etapas, individual e em grupo, mesclando as delegações. Os estudantes ainda participarão de uma competição de lançamento de foguetes em grupos multinacionais. Haverá ainda avaliações individuais que vão exigir o reconhecimento do céu real e o manuseio de telescópio.
Segundo Dr. Canalle, a olimpíada latino-americana é a única modalidade internacional a realizar provas em que alunos de diferentes países são avaliados também em grupos multinacionais. Além disso, é a única olimpíada que obriga que os grupos sejam de ambos os gêneros. “Queremos dar oportunidades a meninos e meninas de participarem”.
- Ao promover provas em grupos multinacionais, o objetivo é mostrar aos participantes que a ciência se faz em grupos e entre pessoas de diferentes países. Esta é a filosofia das provas, tanto a teórica quanto a de foguetes – ressalta o astrônomo, que também é coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
O astrônomo diz ainda que a OLAA servirá para aproximar os jovens do conhecimento científico. A iniciativa tem como proposta unir as nações, fomentar e popularizar a astronomia e a astronáutica entre os países participantes, além de apoiar as atividades de diferentes associações de amadores e alunos da América Latina com a finalidade de promover os vínculos de amizade e intercâmbio de saberes. “Queremos ainda incentivar a construção de observatórios, museus de ciência e a inclusão curricular da astronomia nos países”.
- As olimpíadas de conhecimento buscam promover, de maneira contínua, o intercâmbio de conhecimentos entre os estudantes, além de criar oportunidades para a troca de experiências didáticas entre os professores que lideram os grupos - ressalta.
Preparação
Antes da viagem, os alunos olímpicos participaram de uma série de treinamentos. Eles estudaram com especialistas no Observatório Abrahão de Moraes, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Depois, conheceram e aprenderam mais sobre a disciplina no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Brazópolis (MG). As aulas tinham como objetivo intensificar a preparação dos alunos.
Como participar
Para participar de uma das equipes internacionais, o candidato precisa inicialmente de uma excelente pontuação na prova nacional da OBA. Em seguida, é preciso fazer as seletivas online. E, caso seja classificado, o estudante realiza uma prova final presencial.
Depois de todo esse processo, os selecionados para compor as equipes realizam treinamentos intensivos, em que aprendem a operar telescópios, a construir foguetes e bases de lançamento e aprimoram seus conhecimentos sobre astronomia.
Organização
A comissão realizadora da OLAA 2015 é composta pelas seguintes instituições: Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA - www.oba.org.br); Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ - www.uerj.br); Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST - www.mast.br); Observatório Nacional (ON/MCTI - www.on.br); Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro (www.planetariodorio.com.br); Universidade Paulista (UNIP - www3.unip.br); Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE - www.inpe.br); Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE- www.iae.cta.br); Agência Espacial Brasileira (AEB - www.aeb.gov.br).
Fundada na cidade de Montevidéu, no Uruguai, a partir de uma proposta do Brasil, a OLAA acontece desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
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