29/02/2012 - 19:01h
A procura por intercâmbios não é mais exclusiva para os jovens. No Recife, gente de todas as idades aposta nesta alternativa para aprender rapidamente um idioma, ampliar o conhecimento na área técnica e ter contato com culturas diferentes. O número de jovens à procura de uma experiência principalmente nos países onde possam aprimorar a língua inglesa vem crescendo de 20 a 30% a cada ano. Os lugares mais procurados são Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. E há programas variados para os adultos, que têm perfil bem diferente dos jovens.
O engenheiro civil Gil Bacellar Neto, 35 anos, vai viajar para San Diego, na Califórnia. Vai fazer um curso intensivo de inglês e depois procurar cursos na área de negócios e gerenciamento de projetos. Ele pediu demissão do Emprego em que estava há sete anos para viver novos tempos. "Quero voltar com o inglês no máximo que puder para ter um crescimento curricular. Agora, com estabilidade financeira, eu pude fazer de uma forma que acho que vai ser boa para o meu futuro", conta ele.
As Universidades procuram incentivar esse tipo de viagem. A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), por exemplo, tenta acompanhar o interesse dos alunos pelos cursos no exterior. Na primeira semana de março, está com inscrições abertas para pelo menos trinta vagas e já há duzentos interessados. A Unicap também recebe estudantes de fora. Ano passado, foram nove, agora, três.
"Atualmente há uma grande mobilidade no setor acadêmico entre os países em relação ao Intercâmbio. Os alunos que vão, levam nossa cultura e aprendem muitos aspectos diferentes. Os que vêm, não imaginam que vão ficar em uma metrópole linda. É muito importante a troca porque o mundo Universitário precisa dessa mobilidade. É um mundo globalizado?, diz Elizabeth Siqueira, coordenadora do programa de intercâmbio da Unicap .
Carreira
"Muitas pessoas que não tiveram condições ou tempo de fazer quando eram mais novas vão fazer intercâmbio já depois dos 30, 35 anos, com o objetivo mais focado na carreira", explica Marina Motta, gerente de uma agência de intercâmbio. A empresa onde ela trabalha foi criada há 23 anos e já mandou milhares de estudantes para fora do país. Quase sempre pessoas que queriam fazer intercâmbio durante o ensino médio ou no começo da Faculdade.
Quando era adolescente, a hoteleira Natália Pinto Rabelo fez intercâmbio no Canadá. Três anos depois, partiu para a Argentina para estudar espanhol por um mês. Desde o fim do ano passado é orientadora de intercâmbio na agência. ?O conselho é que vá de mente aberta porque é uma cultura bem diferente?, orienta.
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