Ser Universitario
 

Governo dará bolsas para mais de 8 mil brasileiros na Espanha

19/11/2012 - 14:01h

Dilma Rousseff visitou Madri, capital da Espanha, nesta segunda-feira. Foto: Reuters

Dilma Rousseff visitou Madri, capital da Espanha, nesta segunda-feira
Foto: Reuters

Érica Chavez
Direto de Madri

Para responder a demanda de brasileiros que desejam Estudar Fora do país, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira que o governo vai oferecer bolsas para mais de 8 mil brasileiros estudarem na Espanha, o quarto destino favorito entre as pessoas que buscam se aperfeiçoar no exterior. Atualmente, o programa Ciência sem Fronteiras atende a 2.297 alunos de graduação e pós-graduação em engenharia, física, química, matemática e comunicação no país europeu, que estudam em 35 Universidades espanholas.

A partir de amanhã, será aberta a segunda chamada para outros 2 mil candidatos a bolsas de estudo no país, o que será complementado até 2014 com as outras 8 mil vagas. Dilma fez o anúncio após visitar estudantes do programa Ciência sem Fronteiras na Casa do Brasil de Madri, na companhia do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

"Temos o maior interesse no Intercâmbio de pesquisadores, estudantes e formadores, e acreditamos que o aumento no número de bolsistas é, de fato, um uma fonte de ligação entre os dois países", afirmou Dilma Rousseff.

Dilma também anunciou a ampliação de bolsas por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Por enquanto, o Brasil conta com apenas 30 vagas para alunos escolhidos em uma seleção para quem tem baixa renda e bom desempenho no Exame Nacional Do Ensino Médio (Enem). Com a renovação e ampliação do convênio, a partir de 2013 serão disponibilizadas 10 mil bolsas em diversas áreas do ensino superior.

Também foi assinada uma parceria entre o MEC e o banco espanhol Santander para oferecer 30 mil bolsas de estudo de idiomas. Este é mais um programa oferecido respondendo à procura, já que o Brasil é o País onde há o maior número de centros Cervantes para estudo da língua espanhola.

A afinidade entre Espanha e Brasil foi demonstrada no discurso do ministro espanhol de Educação, Cultura e Esporte, José Ignacio Wert, que cumprimentou as autoridades brasileiras na Casa do Brasil, falando em português, e também nas palavras do ministro Aloizio Mercadante. "Este é um caminho de trazer para a Espanha e receber no Brasil estudantes nas áreas da ciência, tecnologia e inovação. E nós estamos preparados para receber os espanhóis em nosso País efetivar este intercâmbio de conhecimento", disse Mercadante.

Fundações espanholas sofrem com a crise
Apesar deste passo para melhoria das relações entre os dois países no que se refere à educação, algumas fundações vêm perdendo fundos para investir em alunos da América Ibérica. Este é o caso da Fundação Carolina, que em 2006 concedeu 1361 bolsas de estudos para pós-graduação, doutorado e pós-doutorado e este ano contou com apenas 609 vagas.

"Estamos em contato com outras fundações e entidades que financiam a educação, e continuam mantendo seus compromissos apesar de algumas reduções. Todas elas querem que os estudantes latino-americanos continuem vendo a Espanha como um destino idôneo para seguir crescendo profissional e pessoalmente", explica Jesús Andreu, presidente da Fundação.

Ainda segundo ele, os fundos da Fundação Carolina vêm do setor público e privado e assim como todos os setores da Espanha, sofre com os reajustes e a política de austeridade do governo. "Nós também estamos fazendo reformas com o objetivo de otimizar nossos recursos para poder atender às demandas de formação superior na América Latina. Em um contexto de crise é preciso redobrar os esforços para respaldar os programas de formação, pois a educação é um veículo indispensável para conquistar o progresso e a prosperidade das sociedades", completa Jesús.

As bolsas de estudos para estudantes espanhóis - e europeus, no entanto, ainda não sofreram reduções por culpa da crise, já que o fundo que beneficia estudantes de todos os níveis nos programas Erasmus, Comenius, Leonardo da Vinci e Grundtvig vem do Banco Europeu e não dependem de nenhum país em particular.



Fonte: Terra



Mais notícias
Veja todas as noticias