05/03/2016 - 01:03h
Outro dia publicamos aqui no E-Dublin que o comportamento da imigração irlandesa vinha mudando e que, entrar no país já não parece tão tranquilo como antes. Pois é, a confirmação dessa informação não tardou a chegar. Dados publicados essa semana mostram que em 2015 o número de brasileiros deportados da ilha verde chegou a 350.
O Brasil é o país com maior número de cidadãos recusados ou obrigados a voltar ao país de origem, com uma porcentagem de 9,6%. Em segundo lugar está a Albânia, com 9,2%. A Nigéria ocupa o terceiro lugar com 7,5%. Seguem em quarto e quinto lugar a África do Sul (7,4%) e o Paquistão (6%), respectivamente.
O número total é de 3790 pessoas deportadas ou retiradas do país, sendo que destas, 3451 tiveram o visto negado logo na entrada e 251 pessoas tiveram o visto negado na Ilha ou já estavam ilegal sendo deportados. Os dados foram publicados pelo Departamento de Justiça e Igualdade, no documento de Revisão Anual de 2015 da Imigração na Irlanda. Segundo o relatório, que também cita medidas como a reforma educacional, 2015 foi um ano positivo e desafiador para a Irlanda.
Os brasileiros aparecem também em outro gráfico citado no relatório, mas dessa vez de forma positiva: já que ocupa a primeira posição entre as cinco nacionalidades registradas com residência legal com objetivo de estudos, trabalho ou motivos familiares. Logo depois do Brasil, está a China e o Estados Unidos.
No ano passado foram registrados 114.000 estrangeiros não-europeus com permissão legal para viver na Irlanda. Em 2014 este número foi de 105.000.
O Serviço de Naturalização e Imigração Irlandesa (INIS) relaciona o aumento significativo às condições econômicas que o país favorece atualmente, por estar se reerguendo de uma crise financeira e por oferecer boas condições de trabalho.
Em 2016, os esforços para impedir a imigração ilegal é o objetivo do órgão, e existe a grande possibilidade das deportações aumentarem. Sendo assim, o número de vistos concedidos pode também sofrer uma queda durante este ano.
Aos brasileiros que pensam em vir para a Irlanda, lembrem-se quais são os seus propósitos e avalie as reais possibilidades. Evite estratégias mirabolantes para permanecer no país e foque nas possibilidades concretas. É fato que vir para a Ilha Esmeralda já não é mais fácil e tão barato quanto há alguns anos. Vale ficar ligado em todas as regras e principalmente nos perigos que se corre, como ser recusado a entrar no país ou até mesmo deportado.
Júlia Paniz postou em 05 mar 2016
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