21/05/2013 - 23:00h
Com pouco mais de um ano de existência, o programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, já ofertou 17.702 bolsas para alunos brasileiros de graduação e pós-graduação estudarem no exterior. A meta é chegar aos 101 mil estudantes no exterior até 2015.
Criado em julho de 2011, o programa do governo federal visa a promoção de desenvolvimento tecnológico e científico por meio do Intercâmbio de estudantes e pesquisadores instituições estrangeiras de alto nível. As áreas prioritárias em que o programa concede bolsas são relacionadas às ciências exatas e biológicas.
Podem participar alunos da graduação e de pós-graduação que estejam em cursos dessas áreas prioritárias em instituições de ensino superior que aderiram ao programa e pesquisadores.
Confira abaixo 15 perguntas e respostas sobre o programa.
Para o brasileiro que vai para o exterior, as opções são doutorado-sanduíche (meta de 24.600 bolsas); doutorado pleno (9.790); pós-doutorado (11.560); graduação-sanduíche (27.100); treinamento de especialista no exterior em empresa (700).
Já para os candidatos estrangeiros, o Brasil terá bolsas para jovem cientista de grande talento (860 bolsas) e pesquisador visitante especial (390). Não há bolsas de mestrado.
Alunos de graduação, pós-graduação e de cursos superiores de tecnologia de instituições de ensino superior públicas ou particulares de todo o país. Os candidatos de graduação precisam estudar em instituições brasileiras que tenham aderido ao programa. Já os de doutorado-sanduíche e doutorado pleno precisam ser aceitos nas Universidades estrangeiras em que pretendem estudar antes de se inscreverem no Ciência Sem Fronteiras.
O pesquisador que visa uma vaga de Estágio de treinamento deve ter formação compatível com o nível e a finalidade do estágio, ter experiência profissional e produção técnico-científica e deve estar empregado.
Tanto os estudantes quanto os profissionais devem estar em cursos ou serem formados nas áreas consideradas prioritárias, como engenharia e ciências biomédicas.
A bolsa para graduação-sanduíche, por exemplo, é de US$ 870. Em euro, é de € 870 e, em libras, de £870. Já o auxílio-moradia é de US$1.320 (mesmo valor em euros e libras). Ainda há verbas para a compra de material didático e de seguro saúde. Para consultar todos os valores, clique aqui.
Já as bolsas de pós-graduação vão de US$ 1.300, para doutorado, a US$2.100, no caso de pós-doutorado. Confira os demais valores aqui.
Os melhores alunos das instituições de ensino superior que aderiram ao programa estão aptos a se candidatar. Além do bom aproveitamento Universitário e ótimo potencial acadêmico, há outras exigências, como exame de proficiência na língua estrangeira do país onde o candidato pretende estudar. Para concorrer à bolsa, o aluno também já deve ter concluído 20% do currículo previsto para seu curso.
Estudantes com trabalhos de iniciação científica e premiados em Olimpíadas de Matemática ou Ciências, Feiras Científicas e atividades semelhantes, têm preferência. O bom desempenho no Exame Nacional Do Ensino Médio (Enem), com mínimo de 600 pontos, também será levado em conta na seleção.
Este e os demais critérios mudam conforme o edital estabelecido. Portanto, o candidato deve ficar atento.
Na primeira fase do programa, o aluno não escolhia a universidade em que iria estudar. Eram os institutos estrangeiros parceiros e as agências brasileiras responsáveis pelo Ciência sem Fronteiras, Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que realizavam essa tarefa. No entanto, a Capes afirma que está sendo implementada uma forma de o aluno poder opinar, sugerindo cinco instituições de seu interesse – o que ainda assim não garante que ele vá para alguma delas.
Para pedir uma bolsa de doutorado ou de pós-doutorado no exterior, o candidato deve primeiramente obter o aceite da universidade ou instituição estrangeira desejada. Para ser aceito pela universidade estrangeira, o candidato pode entrar em contato diretamente com a instituição ou buscar a vaga por meio dos parceiros do programa Ciência sem Fronteiras no país onde quer estudar.
O domínio da língua estrangeira é pré-requisito. Para ver os critérios específicos, clique aqui.
O candidato deve estar matriculado em curso superior de tecnologia nas áreas e temas prioritários; ter cursado no mínimo um semestre e estar, no máximo, no penúltimo semestre do curso. Bom desempenho e domínio do idioma estrangeiro são imprescindíveis. Assim como na graduação, quem tiver iniciação científica, participação em competições acadêmicas e nota acima de 600 no Enem terá prioridade.
Verifique se sua universidade ou instituição de ensino aderiu ao programa. Cada uma das universidades e escolas tecnológicas participantes tem um coordenador institucional do programa para auxiliar o processo e promover o acompanhamento dos alunos. Procure mais informações com o coordenador do programa Ciência Sem Fronteiras do local onde você estuda. Para saber quem é o responsável, clique aqui.
Caso a sua instituição não esteja relacionada, procure o departamento em que está matriculado e informe que efetuou a inscrição no programa, pedindo encaminhamento do Termo de Adesão ao reitor da sua universidade.
O candidato deve ficar atento às chamadas que são constantemente abertas nesse link. As regras para cada concurso serão disponibilizadas nessa página. As dúvidas sobre as chamadas também pode ser tiradas pelo site ou pelo telefone 0800-616161 (opção 0 subopção 1).
Sim. O calendário 2013 para bolsas de doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado foram divulgados e as inscrições começaram no dia 1 de outubro. Mais informações aqui.
Existem convênios firmados com Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Itália, Japão, Portugal e com o Reuno Unido. Confira aqui as condições oferecidas aos candidatos por cada nação.
As áreas prioritárias são: engenharias e demais áreas tecnológicas; ciências exatas e da terra; biologia, ciências biomédicas e da saúde; computação e tecnologias da informação; tecnologia aeroespacial; fármacos; produção agrícola sustentável; petróleo, gás e carvão mineral; energias renováveis; tecnologia mineral; biotecnologia; nanotecnologia e novos materiais; tecnologias de prevenção e mitigação de desastres naturais; biodiversidade e bioprospecção; ciências do mar; indústria criativa (produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); novas tecnologias de engenharia construtiva; formação de tecnólogos).
Não no âmbito do programa Ciência Sem Fronteiras. Alunos dessas áreas podem se inscrever em outros programas da Capes ou do CNPq.
O Ciência sem Fronteiras tem parcerias já firmadas com Febraban (Federação Brasileira de Bancos), CNI (Confederação Nacional da Indústria), Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Petrobras, Eletrobras e Vale.
Além disso, algumas empresas aderiram ao programa para oferecer estágios aos alunos e pesquisadores. É o caso de: Natura, BG, SAAB, Boeing, Hyundai, Varian, Sanofi, Nasa, Frito-Lay, Dupont-Wilmington, Amgen, SnowShoe Food Inc., Robostics Institute, Gulf Coast Research Laboratory, Tate & Lyle, Baxter, Motorola e Ingredion, entre outras empresas, que também apoiam o programa financeiramente.
Já foram concedidas 17.702 bolsas (dados do dia 3 de outubro). A meta é conceder, até 2015, 101 mil bolsas. Do total, 75 mil serão oferecidas pelo governo federal. O restante será concedido com recursos da iniciativa privada.
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