17/08/2011 - 14:00h
iG São Paulo
Alunos terão de fazer Estágio no exterior. A partir desta quarta, 250 Universidades saberão a quantas bolsas terão direitoA partir desta quarta-feira, dia 17, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informará a 250 universidades e institutos federais de todo o País o número de bolsas de estudo a que cada instituição terá direito no programa Ciências sem Fronteira (CsF) para enviar alunos ao exterior. As primeiras 2 mil bolsas, das 75 mil prometidas pela presidenta Dilma, são para alunos de graduação.
As bolsas têm valor de US$ 870 (R$ 1400, para Estados Unidos) e 870 euros (R$ 2000, para a Europa), com duração de um ano, e começarão a ser pagas em 2012 após processo de seleção pública no centro de pesquisa. O número de bolsas por instituição foi estabelecido de acordo com o desempenho de cada universidade no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).
Para alcançar a meta de 35 mil bolsas que serão distribuídas pelo CNPq até 2014, a cada seis meses será feita uma nova adição de bolsas. Durante quatro anos, a iniciativa receberá R$ 3,2 bilhões do governo federal.
Na primeira etapa estarão disponíveis bolsas para os cursos de ciências da saúde (como Medicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Nutrição); ciências da vida (Biologia, Genética, Bioquímica, Farmacologia); e engenharias e tecnologias (Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica ? Eletrotécnica). O anúncio das bolsas foi feito nessa terça-feira em Brasília pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e pelo presidente do CNPq, Glaucius Oliva.
Estágio será exigido
As áreas escolhidas são consideradas estratégicas pelo governo na chamada ?economia do conhecimento?. A intenção é que o País desenvolva mais pesquisas com vista à inovação tecnológica e que o mercado crie produtos de maior valor agregado. Por isso, o pagamento da bolsa prevê que os alunos estudem e pesquisem durante o período de seis a nove meses e que tenham experiência de estágio por pelo menos três meses em laboratórios de tecnologia ou centros de pesquisa de empresas no exterior.
Segundo Mercadante, a exigência do estágio é ?para que o jovem volte com o currículo profissionalizado, melhorado?. Em sua opinião, ?quem estiver dentro desse programa vai ter um currículo de excelência e certamente as empresas terão todo o interesse em contratar os alunos que estudarem nas melhores universidades do mundo?. Para o presidente do CNPq, a intenção do governo com a exigência do estágio ?é que os alunos possam perceber que ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento são atividades que podem ser feitas dentro do ambiente empresarial?.
Para o envio dos estudantes, o programa Ciência sem Fronteira selecionou 238 universidades estrangeiras, escolhidas conforme a lista de instituições da Times Higher Education e QS World University Rankings.
A escolha das universidades é responsabilidade das instituições a que os estudantes estão ligados e os estágios deverão ser providenciados pelos alunos. O governo está buscando firmar acordos com empresas estrangeiras para a oferta de estágios, como na área de telecomunicações, petróleo e produção de fármacos.
Têm preferência para participar do Ciências sem Fronteiras os melhores alunos de iniciação científica e tecnológica; que tenham mais de 600 pontos no Exame Nacional Do Ensino Médio (Enem) e sejam premiados em olimpíadas científicas (como matemática e ciências). As bolsas serão concedidas a estudantes que tenham cumprido de 40% a 80% dos créditos do curso. Os créditos feitos no exterior deverão ser reconhecidos.
* Com informações da Agência Brasil
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