08/08/2017 - 14:11h
Notas altas ao longo da trajetória escolar, um bom desempenho em exames tradicionais como TOEFL e IELTS e cartas de recomendação são fundamentais para garantir vaga em universidades no exterior. No entanto, a avaliação das escolas não se resume apenas ao histórico escolar.
Preocupadas com o perfil extracurricular dos estudantes, as instituições têm valorizado cada vez mais as atividades realizadas fora da sala de aula, especialmente aquelas que beneficiam diretamente a comunidade e que demonstram o seu interesse por questões sociais.
“As universidades têm avaliado os estudantes de forma holística. Objetivamente, avaliam as suas notas. Porém, subjetivamente, avaliam-no como indivíduo. Isso acontece porque, cada vez mais, elas se preocupam em aprovar estudantes que saibam conviver com as diferenças. Assim, mesmo que estejam em busca de notas interessantes, o mais importante é ter em sua escola seres humanos interessantes”, diz Bruno Contrera, gestor de Universidades e Cursos no Exterior do STB.
Aprender dentro e fora da sala
Aprovar estudantes que saibam conviver com as diferenças e lidar com os desafios é de extrema importância para as universidades, e adquirir essas características pode estar diretamente relacionado à participação de atividades extracurriculares.
“Seja praticando um esporte ou participando de um trabalho voluntário, fora da sala de aula o estudante também aprende muito, conhece pessoas novas e faz networking. Isso demonstra o seu interesse pelo mundo, mostra que ele tem a mente aberta e que sabe lidar com as diferenças. As instituições entendem que há grandes chances de serem essas as pessoas que vão trazer à sala de aula as ideias mais inovadoras”, afirma Contrera.
Ter hobbies e participar de atividades extracurriculares também pode demonstrar que o estudante é proativo e preocupado com o que está à sua volta, exatamente o que as instituições buscam para formar profissionais completos.
“Um exemplo que ajuda a entender como os benefícios das atividades fora da sala aparecem: um aluno que pratica esporte pode desenvolver características fundamentais ao estudo como a concentração, capacidade de trabalhar em equipe e até mesmo autoconfiança”, escreveu John H. Holloway, consultor do departamento de testes da Universidade de Princeton, no artigo “Extracurricular Activities: The Path to Academic Success” (Atividades Extracurriculares: o Caminho para o Sucesso Acadêmico, em português).
Seus hobbies mostram quem você é
“Alunos que demonstram paixão pelo que fazem acabam sendo inspiradores para outras pessoas, exatamente o que as universidades esperam que os seus estudantes sejam”, afirmou para a Forbes Allison Otis, da Universidade de Harvard.
As atividades que o aluno escolhe fazer fora da sala de aula também ajudam as universidades a entender mais sobre sua personalidade, conhecendo-o muito além dos testes aplicados. Por isso, quem está interessado em investir em uma atividade extracurricular de olho no futuro deve optar por alternativas que tenham relação efetiva com as suas habilidades e interesses.
“O aluno deve escolher uma atividade a qual ele se dedique com consistência, com paixão e que seja compatível com os seus valores pessoais. Aquelas que, efetivamente, contribuíram para a formação do estudante enquanto ser humano serão valorizadas pela universidade”, explica Contrera.
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