20/10/2015 - 05:01h
É estudando 12 por dia que João Ferreira da Silva, de 22 anos, de Santarém, no oeste do Pará, tenta, pela terceira vez consecutiva, uma vaga para o curso de medicina por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O estudante vem se preparando desde janeiro, enfrentando uma rotina diária de estudos, que inicia na segunda e termina no sábado, com intervalos apenas para o almoço e o jantar.
Os pais de João trabalham e vivem em uma região de garimpo, no município de Itaituba. Foi motivado pelo sonho que o estudante resolveu ficar em Santarém morando com uma amiga da família. Ao todo, são 16 anos distante dos pais, que vêm ao município apenas duas vezes ao ano, segundo ele. “A minha família sempre me apoia e nunca colocou dificuldades para me manter no cursinho para eu continuar tentando passar. Eles sempre me ajudaram, nunca colocaram dificuldades”.
O sonho de ser médico
O desejo pela Faculdade de medicina surgiu ainda na infância. Joáo conta que durante o ensino médio, o clima na escola era de estudar bastante, sempre focando nos vestibulares. Ele afirma que optou pelo Enem, pois ele o único meio para chegar à faculdade desejada. “Eu sempre escolhi medicina. Então eu escolhi o Enem porque é o único método de entrada para a faculdade que estou focando, que é a Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. É pra lá que eu pretendo ir”.
Estratégias de estudo
Para o estudante, a melhor estratégia é fazer bastante exercícios. Ele conta que a teoria é muito importante, mas foca bastante nos exercícios e nos simulados, como de fato ocorre no dia da prova. “Não é uma tarefa fácil, tem que tentar, enfrentar muitos desafios. Eu comecei estudando duas horas por dia, depois aumentei mais um pouco até enfrentar a maratona de estudos, mas sem me cansar muito e saber respeitar os limites”.
Nas últimas duas edições da prova, o estudante afirma que obteve notas consideradas boas, mas não foi suficiente para a opção de curso desejada. “A minha nota não foi muito boa por causa da nota da redação, onde cheguei a pecar um pouco e isso baixou minha média. A minha nota serviu para passar em algumas engenharias em todo o país, mas não serviu para medicina, que a nota é um pouco superior”.
As metodologias diferenciadas aplicadas durante o ensino médio aliadas aos estudos no cursinho são a chave para qualquer exame, conta o estudante, que esta confiante em passar na prova. "As expectativas estão muito boas, pelas notas do simulados, é bem provável que esse ano seja o ano da aprovação. Os Professores ajudam bastante, baterias de exercícios. No começo é meio cansativo, mas depois a gente acaba percebendo os benefícios que o treino traz".
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