21/11/2016 - 10:05h
1. Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
Em Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis constrói uma narrativa marcada pela não linearidade, pela digressão e pela interpelação ao leitor. Com ela, o autor transgredia o modelo realista tradicional adotado na segunda metade do século XIX. Na obra, chama a atenção também o desvelamento irônico de questões ligadas ao país e às eternas contradições humanas.
2. Iracema, José de Alencar
Embalado pelos ventos da Independência, Iracema, de José de Alencar, é uma obra que captura muito bem o entusiasmo patriótico do Romantismo, construído principalmente por meio da elevação da figura do índio à posição de herói nacional e por meio da exploração de elementos de nossa fauna e flora.
3. O cortiço, Aluísio Azevedo
O cortiço, de Aluísio Azevedo, é considerado a principal obra naturalista da literatura brasileira. Muito influenciada pela onda cientificista do século XIX, a obra é impregnada pelo pensamento determinista da época, enxergando o indivíduo como um reflexo de seu meio, de sua raça ede seu tempo.
4. A cidade e as serras, Eça de Queirós
Posicionada no Realismo português, A cidade e as serras, de Eça de Queirós, repagina a antiga oposição vida na cidade versus vida no campo. Além disso, acompanha as mudanças ocorridas em Portugal rumo à modernidade do século XX.
5. Capitães da areia, Jorge Amado
Capitães da areia pertence à fase dos romances urbanos de Jorge Amado, que tinham como pano de fundo a cidade de Salvador. Na obra, é contada a história de um grupo de meninos de rua, os “capitães da areia” a que o título se refere. Produzida no contexto da segunda fase do modernismo brasileiro – momento marcado por um grande engajamento social –, a narrativa não só expõe a posição de extrema marginalidade que esses jovens ocupavam na sociedade, mas também seus desejos, sonhos e aspirações.
6. Vidas secas, Graciliano Ramos
Vidas secas, de Graciliano Ramos, é considerada uma das principais obras do chamado “romance de 30” brasileiro. Nela, a saga do sertanejo Fabiano e de sua família é contada por meio de uma linguagem tão árida e escassa quanto a própria vida de seus personagens. Posicionada no contexto da segunda fase modernista, período marcado por uma acentuada preocupação social, a obra traz à tona o modo como um determinado contexto socioeconômico influencia a vida do homem nele inserido.
7. Claro enigma, Carlos Drummond de Andrade
A ousada escolha pela obra Claro Enigma, do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, privilegia um Drummond comumente pouco explorado nas escolas. Nela, é possível enxergar uma faceta sóbria e hermética do autor, que se distancia da temática social presente em livros mais conhecidos, como Sentimento do mundo e A rosa do povo.
8. Sagarana, Guimarães Rosa
Primeiro livro publicado por Guimarães Rosa, Sagarana é uma antologia que reúne nove contos do autor. Nela, já é possível observar características que se tornariam marca registrada de Rosa: uma grande inventividade linguística e a utilização do sertão mineiro como um palco no qual são encenadas e debatidas grandes questões da humanidade.
9. Mayombe, Pepetela
Escrita pelo angolano Pepetela, Mayombe é fruto da experiência vivida pelo próprio autor na guerra pela libertação de Angola, ocorrida na década de 70. Utilizando diferentes focos narrativos, a obra ajuda a recompor o dia a dia dos guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação de Angola, que lutaram conta as tropas portuguesas.
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