24/08/2015 - 09:01h
Em São Paulo, um curso pré-Vestibular tradicional chega a custar R$ 30 mil por ano. Para Cláudia Rose, 19, porém, passar em medicina custou muito menos: uma anuidade de R$ 89 em um site de videoaulas.
"Estudei em escola pública e não tinha condições de pagar um cursinho", conta a estudante da Faculdade de Medicina do ABC, que optou pelo Descomplica, um cursinho on-line em que a modalidade mais cara custa cerca de R$ 260 por ano.
O site, que também disponibiliza simulados, correção de redações e plantões de dúvidas, é a maior plataforma de ensino on-line paga no Brasil, com acesso de 8,5 milhões de pessoas por mês.
Cláudia Rose, 19, estuda em sua casa, em Santo André (SP) |
Entre seus concorrentes, estão outros sites pagos, como o Me Salva!, o Stoodi e O Kuadro. Todos têm canais no YouTube em que postam parte de seus vídeos, que servem de vitrine para a divulgação dos cursinhos on-line.
"É a primeira vez no Brasil que a gente pode levar um produto com a mesma qualidade educacional para qualquer lugar do país", afirma o Professor Ivys Urquiza, que divulga seus vídeos no canal Física Total.
A facilidade de acesso, as explicações didáticas exibidas nos vídeos e os preços mais em conta são os fatores citados pelos alunos para justificar a preferência por estudar pela internet.
"A escola acaba ficando desinteressante, porque vê os alunos como passivos. Então os estudantes procuram um material dentro do contexto da geração deles", afirma Patricia Cavalcante, professora da faculdade de educação da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
DISTÂNCIA
Thamires Silva Rocha, 21, demorava três horas para ir até um cursinho no centro de São Paulo, que acabou trocando pelo Stoodi, onde ela assiste a aulas de manhã e faz exercícios à tarde.
"As seis horas que eu gastava no trânsito são seis horas fazendo exercício. Na videoaula você não perde nada. Se você não entende, pode voltar e repetir de novo", diz a vestibulanda, que tenta entrar no curso de medicina.
Quem também trocou o cursinho pela internet foi o professor de biologia Paulo Jubilut, que tem milhares de assinantes em seu site, Biologia Total (leia quadro ao lado), e acumula quase 3 milhões de fãs nas redes sociais.
"Nos grandes centros, a gente acha que todo mundo faz cursinho. Mas a maioria dos estudantes brasileiros não tem acesso a um professor mais descolado, tranquilo. Foi isso que impulsionou os meus vídeos no YouTube", diz Jubilut, que começou a gravar vídeos após sair de um pré-vestibular em Curitiba.
O engenheiro Bruno Werneck, que grava aulas para O Kuadro, também aponta para um público-alvo de alunos de cidades do interior. "Usar a internet é mais barato que se mudar para um lugar onde tem pré-vestibular. A gente dá suporte aos alunos pelo Whatsapp, por exemplo."
Thamires Silva Rocha, 21, em casa, na zona leste de São Paulo |
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