No princípio criou Deus a amizade; depois o amor.
A amizade principia com gestos gentis, acenos efusivos, palavras de “bem-vindos”, encontros, reencontros, abraços, churrasquinho com a galera no quintal de casa, velhas piadas que fazem os motivos para novas gargalhadas. A amizade conversa qualquer coisa, em qualquer lugar. Caminha junto como se a única preocupação no mundo é o não se distanciar.
Amigos recentes são apenas promessas… Amigos antigos têm o sabor da permanência. Amigos não se distanciam pelo esquecimento, não se perdem no tempo, não se desmoronam na indiferença, não se esvaziam. Quando Milton canta “amigo é coisa pra se guardar” propõe aconchego e proteção. Amigos de verdade são guardados sim, dentro do peito e se perpetuam na memória dos sentimentos.
O amor não é maior nem melhor que a amizade, apenas a continuação de quem é imprescindível. A amizade pavimenta a estrada; o amor é chegada. A amizade dá o chão; o amor dá asas. A amizade constrói a segurança; o amor desperta sensibilidades. A amizade é conjunção; o amor é junção. A amizade é liberdade; o amor é voluntária prisão.
O amor agradece a generosidade da amizade que fez do seu passado um valioso presente.
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