13/08/2014 - 10:46h
Número de doadores surpreendeu os organizadores da ação em São Carlos (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Cerca de 200 voluntários, a maioria estudantes, doaram cabelos em uma campanha realizada pela Secretaria Acadêmica de Engenharia Mecatrônica (Sadem), da USP São Carlos (SP), nesta terça-feira (12). O material recolhido será repassado à Cabelegria, ONG de São Paulo, que confecciona perucas para crianças com câncer.
A ação, que começou às 8h e se estendeu até pouco mais das 18h, contou com o trabalho de oito cabeleireiros profissionais da cidade, que se revezaram durante todo o dia para atender a demanda. Além do ato solidário, o evento teve um atrativo a mais: cada doador tinha direito a um corte gratuito.
O número de participantes surpreendeu os organizadores. Mulheres eram a maioria entre os doadores, mas alguns homens também ajudaram. "O movimento foi grande e muita gente cortou o cabelo em outro local veio apenas trazer a mecha", explicou a estudante Mariane Salmoão dos Reis, que ajudou na recepção.
Algumas estudantes esperam mais de 2 horas
pelo atendimento (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Espera
Até as 17h30, 170 pessoas já haviam passado pelo local e outras 12 aguardavam a vez, como a goiana Bruna Flavielli, de 21 anos. Aluna do 5ª anos de engenharia elétrica, Bruna Flavielli chegou às 14h45 e esperou quase três horas para ser atendida.
"É a primeira vez que participo de uma ação como esta. Vim pelo prazer de ajudar e é mais fácil cortar aqui do que sozinha em casa", disse a jovem, que se distraía com o celular para passar o tempo.
Doação
Alguns foram além. A estudante Ane Kelly Lima doou o que pôde. Raspou a cabeça todinha com a máquina zero. Eu estava bem antes e bem depois. Mas as crianças não tiveram essa opção. Então se elas usarem os meus cabelos e sorrir por um minutinho já vale, sabe, disse, emocionada.
Aluna da USP, Thais Michelão doou pouco mais de 10
centímetros de cabelos (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
A estudante Thais Michelão, de 21 anos, também se candidatou para doar pouco mais de 10 centímetros de cabelos. "Sempre os mative bem compridos e há mais de um ano meio não cortava, tenho um certo pavor. Mas vim porque é por uma boa causa", disse a aluna do 4º ano de arquitetura.
"Ela tem cabelos bonitos, naturais, serão muito bem aproveitados", disse o cabeleireiro Amaylton Pereira, de 42 anos, que cortou se separou as mechas da jovem. Segundo ele, cada atendimento levou cerca de 25 minutos. "Pelo número de pessoas vai dar para ajudar muita gente com as perucas", completou.
Atuante há 20 anos na profissão, ele espera que a próxima edição do evento reúna mais voluntários e meios, como um lavatório, para agilizar o atendimento. A colega Camila Coppi, que atendeu cerca de 40 pessoas no dia, concordou. "O cabelo fica muito seco, então é preciso lavar para facilitar o trabalho", explicou.
Apesar do cansaço, Camila disse que foi gratificante trabalhar como na campanha como voluntária. "A mulher tem um instinto maternal, então faço com alegria para poder ajudar uma criança que ainda nem bem conheceu a vida e já enfrenta uma situação complicada como o câncer".
Ane Kelly Lima passou a máquina zero e disse se sentir feliz por ajudar (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
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