15/08/2014 - 13:01h
A Universidade de São Paulo (USP), que atravessa crise financeira, pretende cortar 3 mil funcionários por meio de projeto de demissões voluntárias. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) informou que um documento foi distribuído dentro do campos com informações e possíveis soluções para melhorar a situação financeira da universidade.
A Universidade de São Paulo informou que não tem informação oficial sobre o tema.
"Este documento fala sobre algumas ações por parte da reitoria e do governo de São Paulo na tentativa de retirar a USP da crise. Mas na verdade é o desmonte da universidade", disse Neli Wada, diretora do Sintusp.
Além do plano de demissão voluntária, no documento constam outras medidas para diminuir a crise financeira, como a separação da universidade do Hospital Universitário; a destinação do centro de convenções para museus administrados pela Secretaria de Cultura; e a redução da jornada de trabalho dos professores, o que diminiuiria o salário dos Docentes.
Em nota, a Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) disse que as medidas são "brutais" e são "nada mais nada menos que o início do desmanche da USP". A Adusp pede ainda que a reitoria "venha a público explicar-se sobre todas essas questões".
Demissão voluntária
Segundo Neli, o custo do plano de demissão voluntária giraria entorno de R$ 600 milhões. O valor seria recuperado em 20 meses com a economia dos salários dos 3 mil funcionários desligados.
"O reitor está cortando verbas, em média 30%, das unidades pra fazer caixa. Caixa pra pagar esses R$ 600 milhões", contou a diretora do sindicato. Segundo ela, os acordos começariam a ser firmados a partir de janeiro de 2015.
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