Ser Universitario
 

Uma prática lúdica do conhecimento

09/11/2015 - 06:01h

As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.

Alunos do 8º ano do Fundamental II do Santa Maria foram instigados a criar um jogo de tabuleiro baseado na história da Revolução Francesa

“Em época mais otimista que a atual, nossa espécie recebeu a designação de Homo sapiens. Com o passar do tempo, acabamos por compreender que afinal de contas não somos tão racionais quanto a ingenuidade e o culto da razão do século XVIII nos fizeram supor, e passou a ser de moda designar nossa espécie como Homo faber. Embora faber não seja uma definição do ser humano tão inadequada como sapiens, ela é, contudo, ainda menos apropriada do que esta, visto poder servir para designar grande número de animais. Mas existe uma terceira função, que se verifica tanto na vida humana como na animal, e é tão importante como o raciocínio e o fabrico de objetos: o jogo. Creio que, depois de Homo faber e talvez ao mesmo nível de Homo sapiens, a expressão Homo ludens merece um lugar em nossa nomenclatura.” – Johan Huizinga, Homo Ludens

O Homo ludens, mais que um ser racional e construtor, é também um jogador. Portanto, o universo dos jogos não é exclusividade da infância ou adolescência, mas bastante conhecido e íntimo nessas fases da vida. “Competitivos e estrategistas, nossos jovens estão sempre conectados ao mundo dos jogos e há uma diversidade de tipos e formatos para todos os gostos”, conclui a professora de História do Santa Maria, Fabíola Iszlaji Albuquerque.

Unindo o lúdico e o acadêmico, os alunos do 8º ano do Fundamental II receberam uma proposta de trabalho bastante desafiadora: criar um jogo de tabuleiro baseado na história da Revolução Francesa, aplicando os conteúdos aprendidos e ampliando-os ainda mais. Mas como criar um jogo de tabuleiro?

A primeira etapa do trabalho consistiu na apresentação da proposta, vídeos e textos que orientassem os grupos a criarem um jogo. Depois, do projeto inicial à finalização, os alunos puderam contar com a orientação Docente desenvolvendo os jogos em sala de aula: criação, conteúdos conceituais, confecção dos tabuleiros e peças etc.

A finalização veio com a apresentação para os colegas e, claro, diversão! Os grupos puderam testar seus jogos e a viabilidade das propostas. O resultado? Jogos interessantes, criativos, inspiradores, divertidos, simples, bonitos, bem elaborados, competitivos, colaborativos, mas, sem dúvida, resultantes de um processo de aprendizagem que buscou não só na História, mas na Geografia, na Matemática, na Língua Portuguesa e nas Artes as habilidades fundamentais para o sucesso.

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Fonte: Estadão


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