14/11/2013 - 09:50h
RIO - Indo além de suas tradicionais escolas de informática em comunidades carentes, o Comitê para a Democratização da Informática (CDI) vem investindo agora em novas searas na educação. A ONG techie tem uma parceria com o MercadoLivre e a start-up QMágico para o uso de sua plataforma digital de ensino homônima (a QMágico) para reforçar o ensino de matemática em escolas públicas. O projeto, chamado Conectalunos, chegou recentemente ao Rio, onde está sendo aplicado na Cidade de Deus — na Escola Municipal Pedro Aleixo e na CDI Comunidade Associação Semente da vida (Asvi).
— Começamos em São Paulo, em Osasco, e agora estamos expandindo o Conectalunos para o Rio e para Goiás — explica Helisson Lemos, diretor-geral do MercadoLivre no Brasil. — Além do foco na matemática, para alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, a ferramenta QMágico permite ensinar a crianças e jovens como usar melhor a internet, pesquisando em buscadores, acessando e-mails e lidando com as redes sociais com responsabilidade.
O MercadoLivre é o responsável pelo investimento financeiro no projeto, preparando e equipando salas de aula e contratando instrutores para treinar alunos e Professores na plataforma. Lemos não revela os valores, dizendo apenas que são próximos a um dia de lucro líquido no MercadoLivre. (A partir desta pista, fizemos uma conta baseada no lucro líquido total da empresa no ano de 2012 — R$ 101,3 milhões. Assim, o investimento seria de aproximadamente R$ 277,53 mil.)
— A plataforma é intuitiva e flexível, permitindo ao Professor organizar da forma que achar melhor os exercícios, atividades e vídeos para estimular os alunos no estudo da matemática — explica Marcel Fukayama, diretor executivo do CDI.
A meta é beneficiar 720 estudantes com a iniciativa, sendo 320 no Rio. De acordo com dados da ONG, desde o início do projeto, no ano passado, 83% dos alunos contemplados apresentavam nível abaixo da média em matemática e um ano depois 50% já tinham alcançado o nível adequado de conhecimento da matéria.
— O principal foco do QMágico é estimular o raciocínio lógico no estudante, o que facilita a compreensão da matemática — conta Patrícia Pacini, diretora da Escola Municipal Pedro Aleixo, que adotou o Conectalunos há cerca de um mês e meio. — As aulas são numa sala separada e devidamente dquipada, com ar-condicionado e inicialmente com um instrutor específico. O projeto aumentou o interesse dos alunos na disciplina e também chamou a atenção dos professores.
Como a plataforma tecnológica é on-line, os alunos podem acessá-la de casa ou de uma LAN house e treinar exercícios, ver vídeos e fazer as demais atividades planejadas.
— Com o QMágico, o professor consegue acompanhar o desempenho aluno de forma mais individualizada, também. O que permite trabalhar melhor em suas deficiências — diz Fukayama.
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