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Rollemberg diz lamentar greve e confiar em 'bom senso' de professor

25/02/2015 - 11:01h

Rodrigo Rollemberg em visita aos documentos históricos do acervo privado do ex-prefeito de Brasília (Foto: Luciana Amaral/G1)
Rodrigo Rollemberg em visita aos documentos
históricos do acervo privado de ex-prefeito de
Brasília na manhã desta quarta (25)
(Foto: Luciana Amaral/G1)

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou na manhã desta quarta-feira (25), no Palácio do Buriti, que lamenta a greve dos Professores da rede pública do DF. As aulas deveriam ter sido retomadas nesta segunda, depois de um adiamento de duas semanas.

"A gente lamenta que os alunos da rede pública do DF estejam sem aula na primeira semana, mas nós confiamos no bom senso de que muito rapidamente, ainda essa semana, os professores retornarão às suas atividades."

O governador não comentou a ação protocolada pelo governo à Justiça nesta terça (24) pedindo a proibição da greve dos professores e a garantia do início do ano letivo. Na ação, o GDF requer que o movimento seja declarado ilegal, que os professores voltem ao trabalho e a categoria seja multada em R$ 50 mil por cada dia de descumprimento da decisão.

A categoria votou em assembleia pela manutenção da paralisação até sexta ( 27), quando nova reunião está marcada com o governo. Segundo a Procuradoria-Geral do DF, autora da ação, a expectativa é que a decisão da Justiça seja divulgada nesta quarta à tarde.

Rolemberg comentou que o governo não pôde realizar o pagamento de atrasados por falta de dinheiro em caixa, porém falou que está "esforçando". "Não conseguimos antecipar o pagamento dos atrasados deixados pelo governo passado por absoluta impossibilidade. Estamos fazendo um esforço muito grande para ampliar a arrecadação e, tão logo possamos, vamos quitar esses atrasados".

Ato na rodoviária
Paralisados há três dias, professores da rede pública do DF realizaram um ato na Rodoviária do Plano Piloto na manhã desta quarta (25) para informar a população sobre os motivos da greve. Eles entregaram panfletos e conversaram com passantes do local.

Professores fazem ato em rodoviária para explica motivos da greve na manhã desta quarta-feira (25) (Foto: Isabella Formiga/G1)
Professores fazem ato em rodoviária para explica motivos da greve na manhã desta quarta-feira (25) (Foto: Isabella Formiga/G1)

"Queremos mostrar para a população as razões, os reais motivos da paralisação. Infelizmente o governo tem uma máquina com muitos recursos para fazer propaganda, e nós temos recursos muito mais limitados", disse o Professor de história Robson da Silva.

"Não é justificável [o atraso nos salários]. Na verdade, o governo deveria ter feito a realocação dos recursos para pagar os direitos trabalhistas e depois se preocupar com outros credores. Nós sabemos que existe uma crise deixada pelo governo anterior, mas o governo atual tem que utilizar melhor os recursos. Empreiteiros, por exemplo, estão recebendo."

Professor do DF em greve distribui panfletos na rodoviária (Foto: Isabella Formiga/G1)
Professor do DF em greve distribui panfletos na rodoviária (Foto: Isabella Formiga/G1)

Segundo Silva, os passageiros do terminal têm demonstrado apoio à categoria. "A maioria das pessoas que passam por aqui pegam o panfleto e compreendem, porque, afinal, ninguém trabalha de graça."

Sem saber da greve, o motorista Ailson de Oliveira disse que após ler o panfleto concordou com as razões dos professores. "É um direito deles", afirmou. "Prejudica os alunos, sim. Mas o governo deveria ter colocado a educação em primeiro lugar. Se tivessem pagado os salários deles, certamente eles estariam trabalhando."

A estudante Amanda Guimarães diz que o irmão, que estuda na 8ª série em uma escola no Recanto das Emas, comprou material escolar e estava ansioso para o início das aulas, mas teve que ficar em casa essa semana.

"Não tiro a razão deles. Por causa da falta de pagamento, eles entraram em greve. Meu irmão é o mais afetado. Comprou material,  passou por todo o processo e agora decidiram pela paralisação e nem tem previsão volta", afirmou.



Fonte: G1


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