Observando os diferentes níveis de aprendizagem em sala de aula, esses educadores buscam mais conhecimento para que o desenvolvimento dos alunos seja cada vez melhor

Cerca de 5% das crianças têm TDAH, revelou estudo conduzido pela Universidade de Exeter envolvendo pesquisadores do EPPI-Center (University College London). Essa constatação significa que a maioria das salas de aula inclui pelo menos uma criança com a dificuldade, ou seja, um aluno ou aluna que resiste a ficar quieta, a focar sua atenção e a controlar os impulsos muito mais que as crianças da mesma idade que não apresentam o transtorno. Sabendo disso, Professores do Colégio Salesiano Santa Teresinha e Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, estão participando do o curso de pós-graduação em Neurociência e Educação do UNISAL, que incorpora o ensino das dimensões cognitivas, emocionais e motoras do ser humano, por meio do estudo de toda a complexidade do sistema nervoso central.

Já se sabe que a neurociência é um importante recurso que pode potencializar processos de aprendizagem, pois ao pesquisar e trabalhar informações e dados sobre diferentes aspectos do sistema nervoso da criança ou jovem, é possível entender como aprendemos, abrindo possibilidades para aperfeiçoar as relações educacionais.

Pós-graduada em Gestão Educacional, a professora Angélica Maria Biazioli Gomes,  coordenadora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I do Liceu Coração de Jesus,  explica que a meta ao participar do curso do UNISAL é complementar a sua formação profissional e melhorar ainda mais as práticas pedagógicas no ambiente escolar. Segundo ela, em uma mesma classe, existem diferentes níveis de aprendizagem e o Professor tem que contar com recursos para que os alunos possam desenvolver todo o seu potencial.

 “A neurociência aplicada à educação está trazendo uma verdadeira revolução nas escolas que a adotam”, explica Angélica. Para ela, na pós-graduação, é possível reconhecer as partes do sistema nervoso e entender onde são feitas as sinapses (região localizada entre neurônios em que agem os neurotransmissores -- mediadores químicos -- transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular), o que auxilia o educador frente às dificuldades de aprendizagem.

Há quase 20 anos atuando no mercado educacional, Angélica explica que os profissionais da área devem ampliar o seu conhecimento para atuar melhor junto ao educando. “Assim, é possível escolher as ferramentas certas para ter os melhores resultados em sala de aula e também com os pais, que precisam de apoio quando seus filhos apresentam indícios de Transtorno de Déficit de Atenção (TDH) ou Déficit de Atenção (TODA), por exemplo”, diz ela.

É importante saber que a pós-graduação em Neurociência e Educação não resolve o problema, mas é fundamental porque apresenta caminhos para impulsionar os alunos no processo de ensino e aprendizagem.

Cibele Gomes, pós-graduada em Psicopedagogia e professora do Ensino Fundamental I no Colégio Salesiano Santa Teresinha, atua na área educacional desde 1999 e também está frequentando o curso do UNISAL. “A pós-graduação em Neurociência e Educação permite que o professor detecte em sala de aula diferentes transtornos que afetam determinados alunos e use diferentes estratégias para encaminhá-los para os melhores profissionais e ajudá-los em classe”, explica ela.

 Sobre o Colégio Salesiano Santa Teresinha:

Destaque como centro de Ensino Infantil, Fundamental e Médio, o Colégio Salesiano Santa Teresinha (Rua Dom Henrique Mourão, 201 – Santa Terezinha) foi fundado em 1937, na Zona Norte de São Paulo. A instituição é centrada na metodologia do Amor Educativo e no Sistema Preventivo, que se resumem em três dimensões: razão, religião e carinho – bases da proposta pedagógica de Dom Bosco, santo católico que atuou como educador de crianças e jovens no século XIX. Além dessa dimensão religiosa, o externato Santa Teresinha conta ainda com uma gama de atividades extracurriculares diversas para desenvolver habilidades complementares a educação básica. Para mais informações, acesse: www.salesianost.com.br