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Professores da Esalq, em Piracicaba, decidem aderir à paralisação da USP

30/05/2014 - 07:01h

Prédio central da Esalq de Piracicaba (Foto: Araripe Castilho/G1)
Professores da Esalq anunciaram adesão
à greve da USP (Foto: Araripe Castilho/G1)

Os professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), decidiram aderir à greve iniciada na instituição na última terça-feira (27), quando os funcionários cruzaram os braços. Em assembleia realizada no final da tarde desta quinta-feira (29), os Docentes aprovaram por unanimidade a paralisação a partir da próxima segunda-feira (2).

O ato é contra a decisão do Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp) de adiar o reajuste dos salários dos servidores das universidades estaduais. Nos próximos dias, pautas locais ainda devam ser acrescentadas às reivindicações comuns. A assembleia em Piracicaba teve a participação de 28 docentes, pouco mais que 10% dos cerca de 240 que atuam no campus.

O Professor Mateus Mondin afirmou que a questão salarial não é o único ponto em debate. "Foi montado um grupo de trabalho que começa a se reunir a partir desta sexta-feira para discutir a pauta de reivindicações, que vai muito além da reposição salarial: queremos transparência na gestão, abertura dos processos e das contas da USP, contratos, finanças, etc", disse.

O professor Marcos Sorrentino afirmou que os próximos dias servirão para informar a comunidade acadêmica e discutir de que forma a paralisação se dará no campus. Entre as preocupações está a forma com que serviços essenciais serão mantidos. "Na próxima segunda-feira haverá uma assembleia às 9h para discutir estas questões e trocar informações com quem não pôde comparecer."

A ideia inicial é que a manutenção de equipamentos, cuidado com animais e a sequência de projetos que recebam financiamento externo não sejam comprometidos. A paralisação de aulas na graduação e pós-graduação ainda deve ser debatida. Quanto à pauta local, Sorrentino afirmou que será cobrado da reitoria um posicionamento sobre a morte de um aluno da Esalq atropelado nesta quarta-feira (28). "A mobilidade urbana tem de estar entre estas discussões. A universidade não pode deixar de ter um posicionamento", disse.

Estudantes e funcionários
Os estudantes da Esalq convocaram uma assembleia para esta sexta-feira (30), a partir do meio-dia, para decidir se aderem à greve. Na terça-feira, cerca de 350 servidores da Esalq paralisaram as atividades por tempo indeterminado. Além de reajuste salarial, a categoria quer melhorias nas condições de trabalho. Atividades de campo e aulas práticas serão as principais atividades prejudicadas, de acordo com o sindicato dos funcionários.



Fonte: G1


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