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Professores começam a aderir à greve da categoria na região de São Carlos

18/03/2015 - 14:01h

Profissionais da região estão aderindo à greve proposta pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Em São Carlos (SP), metade dos educadores estão parados nas escolas Álvaro Guião, Gabriel Félix do Amaral, Aracy Pereira Lopes, Esterina Placco, Arlindo Bittencourt e Ludgero Braga. Em Araraquara (SP), professores indignados com a superlotação, o atraso de materiais escolares e os salários também podem paralisar as atividades. Segundo a secretaria estadual de educação, substitutos vão dar as aulas vagas.

Estamos em um processo de convencimento dos professores na perspectiva de que a gente tenha a máxima adesão possível para poder colocar para o governo estadual que nós não estamos satisfeitos com as condições que estão dadas e que há necessidade de abrir um processo de negociação para que possamos realizar de fato um debate a cerca da construção de uma qualidade de ensino mais adequada para os nossos alunos, afirmou Ariovaldo de Camargo, diretor da Apeoesp.

Na escola Léa de Freitas Monteiro, em Araraquara, oito profissionais não estão dando aulas. Temos alimentação em que vêm enlatados, temos também alguns problemas de classes superlotadas, que precisam ser desmembradas, há carteiras que precisam ser consertadas, disse o Professor de filosofia Agnaldo Andrade.

Não sei se vocês conseguem imaginar como é para um professor estar na frente da sala com mais de 40 adolescentes, porque eu dou aula para o ensino médio, tentando manter a ordem, afirmou a professora de arte Amanda Beraldo, que leciona na Escola Victor Lacôrte.

O atraso no kit escolar também é motivo de reclamações. O aluno fica com dificuldade de estudar porque ele não tem material, opinou a professora de sociologia Érica Aparecida de Andrade Sabino.

Estudantes de Araraquara protestaram contra problemas em escolas estaduais (Foto: Reprodução/EPTV)
Alunos de Araraquara protestaram contra problemas
nas escolas estaduais (Foto: Reprodução/EPTV)

Além desses problemas, os professores cobram aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do Departamento Intersindical de Estatística para Estudos Socioeconômicos (Dieese).

E eles não são os únicos que estão insatisfeitos. Em Araraquara, cerca de 100 alunos saíram às ruas e percorreram dois quilômetros com cartazes pedindo melhorias. Além de estar superlotado, também estão faltando carteiras, a tinta da parede está descascando, as cortinas estão sujas, os ventiladores estão quebrados, contou o aluno Rômulo Bicesto, de 18 anos.

A gente paga imposto como todo mundo paga, por que a gente também não pode ter uma escola boa para os nossos filhos, questionou Jucely Maria da Silva Santana, mãe de um dos alunos.



Fonte: G1


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