O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (8) que o "passe livre" para estudantes dará direito a 50 viagens de graça por mês nos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do metrô.
A gratuidade nos transportes sobre trilhos foi proposta pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) após o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciar a medida para os ônibus da capital.
Alckmin, no entanto, terá que esperar pelo menos até o dia 2 de fevereiro para que o tarifa zero estudantil seja de fato implantada. Isso porque o projeto precisa ser aprovado pelos deputados estaduais, que estão em recesso.
As aulas na rede estadual de ensino voltam exatamente no dia 2/2.
Terão direito ao "passe livre" nos trens e metrô estudantes de escolas públicas, da Fatec e Etec, e alunos de Universidades e escolas privadas que tenham bolsa ou financiamento público.
Também terão direito ao benefício estudantes de universidades públicas com renda familiar per capta de até R$ R$ 1.182 (um salário mínimo e meio). Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, neste caso bastará uma autodeclaração de renda para que o aluno receba o "passe livre."
Esses critérios devem ser os mesmos adotados pela prefeitura. Nos ônibus, porém, os alunos terão direito a 48 viagens mensais duas a menos que na rede sobre trilhos.
PROTESTO
Na sexta-feira (8), o MPL (Movimento Passe Livre) fará um ato contra o aumento das passagens, de R$ 3 para R$ 3,50.
A PM diz que fará cordões de policiais para isolar os manifestantes. Todos que passarem pela região de concentração do ato ou entrarem no isolamento policial durante a passeata serão revistados.
O Passe Livre afirma que recusou convite para reunião com o comando dizendo que a PM só dialoga por meio da repressão e intimidação.