02/02/2015 - 13:42h
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apresentou aos Estados-membros das Nações Unidas um relatório-síntese sobre o trabalho desenvolvido até agora para a definição e negociação da agenda pós-2015, que inclui os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que guiarão o desenvolvimento global depois do fim do prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Intitulado O caminho para a dignidade até 2030: acabando com a pobreza, transformando todas as vidas e protegendo o planeta, o relatório aborda os desafios pós-2015 e pós-ODM e a construção da nova agenda de desenvolvimento a ser seguida pela ONU.
De acordo com o secretário-geral, nunca houve uma consulta tão ampla e profunda sobre desenvolvimento. O documento, que começou a ser elaborado desde a Rio+20, contou com o apoio e com a colaboração de governos, de empresários, de todo o Sistema ONU e de milhares de pessoas ao redor do mundo, por meio de consultas presenciais e online com a utilização da plataforma MY World (MEU Mundo, em português).
Além disso, o relatório lembra os progressos conquistados pelo esforço para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como a redução da pobreza em vários países, a universalização da educação, a expansão da tecnologia sustentável e a reconstrução de nações após conflitos. Esses casos, de acordo com o relatório, são exemplos de que a vulnerabilidade e a exclusão podem, certamente, ser superados nos próximos anos.
Entretanto, Ban Ki-moon falou sobre o que ainda falta ser feito e pediu para que os governos, o setor privado, a sociedade civil organizada e as comunidades se empenhassem para reduzir a extrema pobreza e a fome, combater as doenças e, melhorar a educação, especialmente para as mulheres e meninas, até 2015, prazo final para o cumprimento dos ODM. O secretário-geral pediu ainda que os governos fossem inovadores, inclusivos, ágeis e determinados ao negociar a nova agenda de desenvolvimento.
Os ODS propostos estão sendo construídos sobre as bases estabelecidas pelos ODM, procurando completar o trabalho inacabado referente a eles e responder a novos desafios. Esses objetivos constituem um conjunto integrado e indivisível de prioridades globais para o desenvolvimento sustentável.
No total, são 17 objetivos e 169 metas sobre questões de desenvolvimento sustentável apresentados no documento, que irão pautar a nova agenda de desenvolvimento das Nações Unidas. Um dos objetivos se refere aos meios de implementação e financiamento da sustentabilidade. Já os outros 16 objetivos são temáticos, e procuram aumentar a ambição dos ODM (pobreza, saúde, educação, gênero) e promover a sustentabilidade econômica (crescimento inclusivo, Empregos e infraestrutura) e a sustentabilidade ambiental (mudança do clima, oceanos e ecossistemas, consumo e produção sustentável). Tudo isso aliado às sociedades pacíficas e inclusivas (agenda de governança, Estado de direito, violência).
O relatório afirma que o sucesso da nova agenda vai depender do poder de inspirar e mobilizar agentes essenciais, novos parceiros, governantes e cidadãos de todo o mundo. Para isso, ela deverá ser baseada nas experiências e nas necessidades das pessoas e deverá assegurar que a transição dos ODM para objetivos mais amplos de desenvolvimento sustentável seja efetiva e que faça parte dos planos regionais de cada país.
Em setembro, a comunidade internacional deve chegar a um acordo sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, em dezembro, as autoridades devem chegar a um consenso nas negociações sobre o clima.
Para ler o relatório na íntegra (em inglês), acesse http://www.pnud.org.br/arquivos/relatorio_sintese_ods.pdf
http://www.observatorio3setor.com.br
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