02/07/2014 - 17:11h
Em média, os diretores de escola no Brasil têm 7 anos de experiência no cargo -- e já passaram cerca de seis anos em outra função administrativa e 14 anos como Professores.
As informações são da edição 2013 da Talis, Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem coordenada mundialmente pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O levantamento foi divulgado no dia 25 de junho.
Segundo o histórico da pesquisa, a experiência do diretor é construída com base na experiência como Professor. Na média, os profissionais dos 34 países e territórios que participam do levantamento têm 21 anos de experiência. Os países com profissionais com mais experiência de docência são Austrália (27 anos), Coréia (29 anos) e Japão (30).
Na lista de países com menos de 15 anos de experiência docente, estão Brasil, França, Islândia, Sérvia, Cingapura, Suécia e Abu Dhabi.
Tanto liderar uma escola quanto dar aula são responsabilidades que demandam, segundo o relatório. Em um dos extremos há profissionais cuja única função é a direção -- em nove países, mais de 90% dos diretores exercem a função por 90% do seu tempo, sem responsabilidades como professores. Na outra ponta, há países em que os diretores dividem seu tempo com a função Docente (Bulgária, República Tcheca, Malásia e Eslováquia).
Se por um lado, há uma sobrecarga dos profissionais ao acumular funções, por outro, segundo o relatório, manter algumas responsabilidades como professor ajuda o gestor a manter proximidade com a atividade principal da escola, ensinar. Também costuma melhorar o relacionamento entre o diretor e os alunos e os colegas de sala de aula.
Talis é a sigla para Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning International Survey em inglês), coordenada pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). No Brasil, a coordenação da pesquisa fica por conta do Inep (Instituto Nacional De Estudos E Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
A edição de 2013 é a segunda desde a criação do estudo, em 2008. Seu objetivo é levantar as condições de trabalho dos professores e o ambiente de aprendizagem nas escolas para amparar decisões de políticas públicas no setor.
Participaram desta edição 34 países (24 países da OCDE e outros 10 países parceiros, como o Brasil). Cerca de 106 mil professores responderam à pesquisa. No Brasil, foram questionados 14.291 professores do fundamental 2 e 1057 diretores de 1070 escolas.
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