Pesquisa "Indicador de Educação Financeira" divulgada pela Serasa Experian e pelo Ibope Inteligência aponta que os jovens entre 16 e 24 anos tiveram queda no nível de conhecimento financeiro em 2014. Em geral, metade da população do país teve nota de 0 a 6 e somente 3% atingiram pontuação maior do que 8. Os brasileiros, segundo o estudo, também estão poupando menos.
Os dados mostram que há uma necessidade urgente de investimento em educação financeira dos jovens no Brasil. Criados na cultura do consumo, a maioria dos adolescentes cresce com a ideia de que, para ser feliz, é necessário ter celulares de última geração, roupas da moda e carros caros. Ou seja, ter dinheiro.
A saída para esse problema está em ensinar os jovens, desde pequenos, a gastar o dinheiro com consciência. Não há problema em ter um celular de última geração, contanto que o jovem saiba o esforço necessário para a compra do aparelho. Aprender a valorizar o trabalho, sem dúvida, é fundamental para eles entenderem que nem sempre é possível ter tudo.
Educação nas escolas
Como português, matemática e geografia, finanças deveria fazer parte da grade curricular das escolas. O assunto tem de ser tratado com seriedade e desmistificado, uma vez que hoje os próprios adultos [incluindo os familiares] fogem de qualquer assunto ligado à economia.
Os pais também têm papel fundamental na educação financeira dos filhos. E isso não significa apenas colocar em prática um esquema de mesada, mas sim conversar com os jovens e ensiná-los a ler mais sobre finanças. Existem materiais acessíveis para esse público em blogs, sites especializados e livros, basta incentivar a pesquisa e mostrar que o tema não é difícil.
Com um melhor nível de educação financeira, o Brasil teria crédito a juros mais acessíveis e menor taxa de inadimplência "nesta semana, por exemplo, a Serasa Experian divulgou que o índice subiu 4% em julho na comparação com junho, fruto de uma economia em marcha lenta e juros elevados.
Para o Brasil crescer no nível de países desenvolvidos nos próximos anos, não é suficiente votar no melhor candidato à Presidência. É preciso desenvolver os jovens de hoje para que os futuros consumidores tenham uma atitude diferente da nossa em relação ao dinheiro. Isto é, gastem com mais consciência.
P.Post em parceria com a jornalista Patrícia Basílio