25/04/2014 - 14:01h
Um mês depois de ter seu carro roubado na porta de casa, no Jaguaré, zona oeste de São Paulo, o químico Carlos Alberto da Costa Maio, de 58 anos, voltou anteontem ao 93.º DP para dizer que não era preciso mais avisar se seu Chery Tigo fosse encontrado. "Já recebi o dinheiro do seguro. Não quero saber de mais nada", diz ele, que, após ser assaltado, andou 1,5 quilômetro sem encontrar um policial.
A delegacia, responsável pela área que inclui a Cidade Universitária e quatro grandes favelas, foi a que mais extrapolou a meta trimestral. Foram 365 casos só nos primeiros dois meses deste ano, ante 222 de janeiro a março do ano passado, um aumento de 64%.
Pequenos roubos perto da Ponte do Jaguaré e da Avenida Corifeu de Azevedo Marques engrossam a alta. A explicação, segundo a polícia, é que, nesses pontos, jovens assaltantes conseguem escapar para as favelas.
Na USP (Universidade de São Paulo) acontecem cerca de um terço das ocorrências registradas no DP. A Reitoria da USP confirma, em nota, que "na região do distrito do Butantã e entorno, o que inclui a Cidade Universitária, têm ocorrido diversos casos de roubo".
A 4 km do Jaguaré, no Morumbi, na zona sul, a criminalidade não perdoa nem os bairros ao redor da sede do governo do Estado. No 34.º DP (Vila Sônia), a assistente administrativa Luciana Borba, de 33 anos, registrou nesta semana o segundo assalto em seis meses. O mais recente, na terça-feira, acabou com a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e dois helicópteros, o Águia da PM e o de um canal de TV, no encalço dos bandidos. Ninguém foi encontrado.
"Quando cheguei no meio da minha casa, vi o vulto e pensei: 'vou levar um tiro na cara', lembra Luciana. Segundo ela, um policial disse que "o roubo era pessoal". "Ele me disse: 'é com você'. Levaram as mesmas coisas. Esperaram eu comprar tudo de novo para roubar tudo de novo", lamenta. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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