03/09/2014 - 16:01h
Giovana Melo. de 14 anos (Foto: Thiago Rios Gomes)
Dispostas a mudar as estatísticas que as colocam em apenas 30,65% dos postos de trabalho na indústria, as mulheres vêm com força total, muito charme e preparo, para enfrentar os marmanjos em 40 modalidades das provas deste ano.
São 161 mulheres de todos os estados e do Distrito Federal, 20 a mais do que as participantes em 2012 e representam 20% dos 800 jovens selecionados para maior competição de educação profissional das Américas, a Olimpíada do Conhecimento que acontece entre 3 e 6 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG).
Como Giovana Melo, que os 14 anos viu nas aulas de robótica oferecidas pelo colégio em que estuda, o SESI de Uberlândia (MG), uma oportunidade de começar a trilhar o seu caminho profissional. Há um ano, ela entrou para a equipe e acompanhou todo o processo de montagem do robô que irá disputar as partidas:
Quero fazer Faculdade de Mecatrônica e participar do Festival Internacional FLL (Festival Internacional de Robótica FIRST LEGO League (FLL) é uma oportunidade única de ingressar na área. Nosso robô foi projetado para o campeonato regional, mas decidimos desmontá-lo e começar do zero para o Festival Internacional, com equipamentos muito mais aprimorados. Assisti a palestra do Woodie Flowers e tive várias ideias para o próximo Festival, disse Giovana.
De acordo com o gerente de Estudos e Prospectiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Márcio Guerra, o aumento no contingente feminino na OC se deve ao crescimento da participação das mulheres no Mercado De Trabalho. Esse é o reflexo de uma tendência que temos acompanhado nos últimos vinte anos no Brasil, pontua Guerra.
Outra competidora, Na, Ingredy Miranda dos Anjos, que veio de Rio Branco (AC) para disputar medalha na prova de Sistema de Transporte da Informação. Ligada a telecomunicações, a ocupação compreende a instalação e reparação de redes de computadores e instalação de linhas, cabos e equipamentos de redes telefônicas:
Como exige força física por causa dos cabos e ferramentas, algumas mulheres se assustam, alguns homens se intimidam, mas para mim é um desafio. É a profissão que escolhi para a minha vida, conta a jovem. Minha expectativa é enorme com a OC. Vou fazer o meu melhor, disse.
Também competindo em robótica, Melissa Lenskaia Monni, de Volta Redonda (RJ), de 16 anos, diz que está preparada para as simulações de linhas de produção, reconhecimento de peças e outras programações dos robôs: Minha prova será em dupla e estamos trabalhando bastante. Além de competir, espero aprender ainda mais na Olimpíada com a troca de experiências e informações, contou Melissa.
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