09/12/2013 - 10:25h
O Dia Nacional da Homeopatia é celebrado em 21 de novembro. A data serve para lembrar da prática terapêutica criada no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann. Palavra que significa “a cura pelos semelhantes”, a homeopatia está presente em 355 estabelecimentos só da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Chamada de Prática Integrativa, ela compõe o grupo de terapias que abordam a saúde com outra lógica, junto com a acupuntura, a medicina tradicional chinesa, as plantas medicinais e fitoterápicos, a medicina antroposófica e o termalismo social ou crenoterapia.
O princípio básico da homeopatia, a “lei da similitude ou da semelhança”, diz que cada tratamento deve ser feito em semelhança com o quadro clínico daquele momento do paciente, individualizando cada processo. A homeopatia acredita que cada pessoa tem um padrão particular de adoecimento, e esse padrão influencia na cura ou na prevenção da doença, determinando o medicamento e a dose a ser usada.
“A forma como uma pessoa gripa é única. Se outra pessoa gripar, ela vai ter sintomas semelhantes, mas algumas características serão diferentes entre as duas pessoas. Essas diferenças para o homeopata são muito importantes”, relata Ana Rita Novaes, homeopata que já atendeu pelo SUS e hoje coordena as práticas integrativas do estado do Espírito Santo.
Ana lembra que homeopatia não é só para curar doenças, mas também é usada como prevenção para evitar que elas adoeçam. Essa lógica contraria o costume de muitos em buscar um serviço de saúde apenas quando ficam enfermos. “É muito comum buscar o tratamento como forma de não adoecer. No tratamento homeopático, se a pessoa estiver bem, se estiver com o sistema imunológico funcionando, ela não adoece”, relata Ana Rita.
Práticas Integrativas – As práticas integrativas são assim chamadas porque elas encaram a saúde humana de forma integral. Cada prática desta é completa na abordagem aos problemas do corpo. “Surgiu, a partir da 8ª Conferência Nacional de Saúde, uma demanda dos usuários para que eles escolham as praticas curativas que vão usar. Escolhendo como se tratar, como querem ser vistos e cuidados pelo SUS”, conta Daniel Amado, consultor da Coordenação-Geral de Áreas Técnicas do Ministério da Saúde que trabalha com as práticas integrativas. Ele explica que essas terapias surgiram desta demanda dos usuários.
“O interessante dessas praticas é que elas reforçam um olhar mais completo sobre o individuo. O Programa Saúde da Família (PSF), que está dentro das comunidades, já busca essa visão mais completa ao enxergar o paciente no seu território, na sua família. Essas práticas ampliam essa visão, reforçam essa ideia”, comenta Daniel. Entre os anos de 2007 e 2010 houve um crescimento de 20,99% de consultas homeopáticas pelo SUS. De 257.508 consultas realizadas passou para 311.560.
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