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Grupo Hiperdia da UBS Fátima reinicia atividades com oficina culinária

25/03/2014 - 11:37h

Entre a população adulta, são mais de 30 milhões de hipertensos no Brasil. E os diabéticos já passam dos 12 milhões, segundo dados do IBGE. Ambas as doenças são crônicas, não têm cura, mas podem ser controladas através de medicamentos associados a bons hábitos de vida. A Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no bairro Fátima e coordenada pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), vem desenvolvendo uma série de ações através do grupo Hiperdia, onde o incentivo para uma vida com mais qualidade ganha espaço em encontros mensais.

A última sexta-feira (21) marcou o reinício das atividades do grupo e contou com a participação de acadêmicos do primeiro ano do curso de Medicina, que atuarão na UBS da comunidade. Para enturmar os usuários e os estudantes, uma oficina culinária com receitas saudáveis foi desenvolvida, onde a degustação dos pratos com a explicação do passo a passo da confecção foi a largada para mais um ano em prol da saúde.     

De acordo com a assistente social da UBS Fátima, Rosi Marrero, o grupo existe há mais de cinco anos e foi preconizado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de passar orientações para pacientes crônicos acompanhados pela UBS. “Como todos os pacientes que frequentam o grupo são crônicos, não adianta apenas entregar o remédio: também é preciso incentivar a qualidade de vida em outros aspectos”, explica. Atualmente existem 50 pessoas cadastradas no Hiperdia. 

Os temas trabalhados nos encontros mensais, que ocorrem na Escola Estadual Padre Rambo, seguem as diretrizes traçadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pacientes crônicos. Além de assuntos sobre a importância da alimentação, diminuição do sódio e açúcar na alimentação e benefícios da atividade física, ganham espaço também questões sobre a assistência social.

Para o acadêmico do quinto ano do curso de Medicina, Leonardo Menegatti, responsável pela realização da oficina culinária, a ideia da atividade nasceu com a intenção de apresentar receitas saudáveis, alternativas e com o preço acessível. “Pensamos em mostrar como é possível comer bem e de forma saudável”, diz. Para estimular a confecção dos pratos em casa, a degustação teve como intenção mostrar que mesmo com menos sódio e açúcar é possível cozinhar receitas saborosas.

Mais qualidade de vida

A artesã da cooperativa Bem da Terra, Rosimere Coelho, de 69 anos, participa do grupo desde sua criação por ter hipertensão e pré-disposição para diabetes. Mesmo se considerando regrada, com os encontros a artesã reaprendeu a usar o açúcar e o sal, além de também melhorar a alimentação. Hoje em dia, ela se considera bem, e sua hipertensão está controlada.

Já para a dona de casa Vera Ribeiro, de 67 anos, a participação no grupo começou através da recomendação médica. A partir de então, através do convite da assistente social, passou a frequentar o grupo, onde recebe diversas orientações para cuidar da saúde.

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Fonte: Universidade Católica de Pelotas


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