17/04/2014 - 18:01h
Waldo Ramalho, Camila Laurentino, Hélio Lemos, Juliana Rogge e o Professor Artur Stamford venceram concurso da Embaixada dos Estados Unidos (Foto: Waldo Ramalho / Arquivo pessoal)
Um grupo formado por três alunos de direito e uma aluna de cinema, todos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), venceu um concurso de vídeo promovido pela Missão dos Estados Unidos no Brasil e vai participar de um evento em Nova York sobre propriedade intelectual. O filme produzido pela equipe teve mais de quatro mil votos e disputou com trabalhos de todo o país. Nesta quinta (17), os Universitários foram recebidos pela cônsul-geral dos EUA no Recife, Usha Pitts. Eles embarcam para os EUA na próxima terça (22). Os vídeos participantes podem ser conferidos aqui.
Foi um cartaz nos corredores da UFPE que chamou a atenção dos amigos Hélio Lemos e Waldo Ramalho. A proposta era fazer um vídeo sobre o impacto da inovação e dos direitos da propriedade intelectual na economia. Os estudantes de direito viram no anúncio uma oportunidade de aprofundar um tema que pouco conheciam.
Coube a Waldo o convite a Juliana Rogge, estudante de cinema, enquanto Hélio chamou Camila Laurentino. Camila fazia uma monografia com tema parecido. Eu participava de um grupo de estudos também e o professor tinha proposto já fazermos um trabalho sobre inovação, para concorrer a uma bolsa de pesquisa. Aproveitamos e convidamos ele [Artur Stamford] para ser o orientador do projeto, conta Hélio.
Vídeo explica o processo de inovação (Foto: Reprodução)
As reuniões para bolar o vídeo eram também uma espécie de grupo de estudos, onde todos se dedicavam a aprender mais sobre o impacto da inovação e dos direitos de propriedade intelectual na economia para poder traduzir de forma a qualquer um compreender. Como a proposta do vídeo era fazer todo mundo entender, a cada reunião a gente ia destrinchando mais o tema. Foi um desafio. Eu não sabia direito, disse para eles vocês têm que me fazer entender primeiro. Eu até trabalho com propriedade intelectual no cinema, direito autoral de uma música, mas você não para e estuda muito isso quando está fazendo um vídeo, explica Juliana, que passou a ler artigos para se aprofundar no tema.
O vídeo tem quase três minutos e mostra o caminho do empreendedorismo até chegar a questão da inovação. A animação, feita através de um programa que Juliana encontrou na internet, foi a opção para simplificar a compreensão. A gente quis fazer uma coisa bem didática, explicar para as pessoas como se dá o processo de inovação, para que qualquer pessoa visse e entendesse, ajudasse a gente nessa defesa, afirma a estudante.
Em fevereiro, o grupo recebeu a notícia que estava entre os três finalistas, concorrendo com alunos de diversas Universidades brasileiras. Começou então a campanha para pedir a família, amigos e colegas que votassem, já que o voto online decidiu o vencedor. A gente não começou a participar do projeto pela viagem. A gente queria aprender, participamos do projeto mais pela experiência da equipe, de fazer contatos, aponta Hélio.
Na próxima terça (22), o grupo embarca para Nova York, onde participa da Conferência Anual de Propriedade Intelectual na Fordham University. É a primeira vez que estou viajando para longe, nunca tinha saído do Nordeste, conta Hélio, que pretende continuar a pesquisar o tema. O direito pode contribuir muito no debate nessa área, mas acho que ainda está longe da realidade. Somos nós, dentro da faculdade, é que buscamos essa melhoria [da relação entre direito e inovação], avalia.
Os vídeos dos vencedores e de outros dois grupos finalistas podem ser conferidos na página da Embaixada dos Estados Unidos.
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