A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) completou nesta quinta-feira (17) um mês de greve dos servidores técnicos e administrativos, com bibliotecas e restaurantes fechados, e boa parte dos serviços da instituição comprometida.
"A universidade está parada", afirmou o reitor, Targino de Araújo Filho, em São Carlos (232 km de São Paulo). "A UFSCar é uma das Universidades com a greve mais radicalizada."
Servidores de 40 universidades federais aderiram à greve iniciada em 17 de março, segundo Araújo Filho, que é vice-presidente da Andifes (Associação Nacional dos Diretores de Instituições Federais de Ensino Superior).
Edson Silva/Folhapress | ||
O reitor da UFSCar em São Carlos, Targino de Araújo Filho |
Os entraves vão do atraso no pagamento de fornecedores e até mesmo o impasse no recebimento de 500 computadores já comprados para a universidade.
A paralisação afeta também os campus da UFSCar em Araras e Sorocaba.
Os estudantes também foram prejudicados. O calouro do curso de musica Matheus Cintrão, 18, não conseguiu a carteira de meia passagem no transporte público. "Pego quatro ônibus, são cinco reais a mais por dia", disse.
Com o restaurante fechado, os estudantes passaram a receber os alimentos crus, para serem cozidos na residência universitária.
A Andifes tenta mediar a negociação entre o sindicato e o Ministério Da Educação.