29/04/2014 - 07:01h
O reitor da USP (Universidade de São Paulo), Marco Antonio Zago, divulgou nesta segunda-feira (28) uma nota à comunidade acadêmica sobre as contas da universidade. Segundo o documento, a instituição gasta 105% do seu orçamento apenas com folha de pagamento dos funcionários.
O gasto com pessoal é maior do que o dinheiro disponível desde o ano passado, quando a USP gastou 101% do orçamento com salários.
"O cerne da dificuldade que se apresenta é que saímos, em 2011, de uma relação que estava próxima de 80% para gastos com pessoal e 20% para investimentos e outros custeios (considerada saudável para uma universidade) para uma relação que ultrapassou a casa dos 100% para pessoal no ano de 2013", diz o documento.
Como a conta não fecha, a instituição tem usado a sua reserva financeira, que perdeu R$ 1,3 bilhão desde julho de 2012. À época, a instituição tinha em caixa R$ 3,61 bilhões. Agora a reserva financeira da USP é de R$ 2,31 bilhões.
No texto, o reitor apresenta os números para justificar os cortes com novas contratações e novas obras na universidade ?"medidas tomadas assim que assumiu a gestão da USP, em fevereiro deste ano.
"Dessa forma, as duras medidas a que temos que recorrer explicam-se, pela gravidade da situação. Todas as novas contratações de pessoal foram suspensas por tempo indeterminado, incluindo as substituições de aposentados ou demitidos. Novas construções tiveram que ser suspensas, sem consideração de prioridade ou interesse acadêmico: simplesmente não há recursos para atender a novos prédios", disse o reitor em nota.
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