22/04/2014 - 22:01h
Marina Azaredo - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Seis salas de aula e quatro ateliês da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) tiveram as atividades suspensas por uma semana. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 22, em reunião extraordinária da Congregação da unidade depois de uma das salas ter um princípio de incêndio na quinta-feira passada, 17.
"A Congregação da FAU reunida em 22 de abril decidiu paralisar o uso de quaisquer atividades das salas 807, 808, 809, 810, 811 e 812 e ateliês 2, 3, 4 e 5. Decidiu desligar todos os circuitos elétricos de alimentação desses setores até o dia 29 de abril, quando será realizada uma nova reunião da Congregação para propor ações futuras", informou a direção da unidade por meio de nota divulgada na tarde de ontem.
"Entre a data de hoje (terça-feira) e do dia 29, a direção da escola, os departamentos, os funcionários e os estudantes analisarão alternativas para a continuidade das atividades didáticas do primeiro e segundo semestres de 2014", disse o comunicado.
De acordo com a vice-diretora da FAU, Maria Cristina da Silva Leme, apesar da interdição das salas, nenhuma atividade será suspensa. "Uma característica do nosso prédio é justamente ter muitos espaços. Outros já estão sendo utilizados. E, daqui a uma semana, teremos uma decisão definitiva", disse.
Os alunos, no entanto, temem não conseguir realizar as atividades. "Não sei como vai ser porque realmente acho que não há mais espaços livres", disse uma aluna que preferiu não se identificar. Ela tinha aula de Computação Gráfica na sala em que aconteceu o princípio de incêndio.
Incidente. O prédio da FAU tem 45 anos e foi projetado pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas. O incêndio foi causado por um curto-circuito na sala 811, mas foi controlado rapidamente pelos próprios funcionários do prédio. O Corpo de Bombeiros não chegou a agir no local.
Após o incidente, a diretoria da unidade interditou as salas vizinhas por precaução. "Uma avaliação mais prudente nos mostrou que seria melhor interditar", afirmou Maria Cristina.
Desde janeiro de 2013, uma obra na cobertura do prédio para a recuperação de goteiras e fissuras no concreto está sendo realizada. Segundo a direção, a fiação do andar das salas interditadas será inteiramente trocada. No entanto, ainda não há previsão de término. O prédio da FAU é tombado e não tem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
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