13/05/2014 - 18:55h
A segunda edição do estudo realizado em parceria entre a Pearson Internacional e a divisão de pesquisas da The Economist, divulgado nesta semana, mostra que o envolvimento dos pais e familiares na vida escolar impacta consideravelmente amotivação dos estudantes, assim como o trabalho conjunto interno, entre Professores e direção. A Curva do Aprendizado (The Learning Curve, em inglês) é uma pesquisa abrangente que considera uma série de dados internacionais, como os resultados de avaliações de desempenho, para criar um ranking próprio e trazer proposições sobre aspectos que podem ajudar a melhor as realidades educacionais em diferentes contextos.
Segundo o estudo, os últimos resultados do Pisa possibilitam uma nova compreensão sobre o quão importante é o envolvimento e a participação de todas as partes envolvidas na educação – alunos, familiares, professores e gestores. Por exemplo, uma escola onde professores e direção trabalhem em conjunto para gerir a instituição, funcionando assim de maneira mais autônoma, tende a produzir melhores resultados de desempenho e aumentar o engajamento de toda a comunidade escolar.
Outro fator relevante que a pesquisa aponta é em relação à expectativa dos pais e familiares sobre o bom rendimento dos alunos. Quando essa expectativa é elevada, a motivação e a perseverança dos estudantes também tende a ser, os levando a ter um desempenho melhor por se sentirem mais estimulados e motivados a estudar.
A conclusão do estudo, a partir destes novos dados, sugere que lugares que demonstram sucesso em habilidades básicas como alfabetização e numeramento não contam apenas com educadores eficientes e autônomos seguindo objetivos e metas claras e definidas. Mas sim são eficientes também em fazer com que os estudantes se envolvam e se engajem no processo educacional e que suas famílias deem suporte na busca por melhores resultados. Ou seja, que toda a comunidade possua uma cultura favorável à educação.
O estudo é composto por um índice que analisa e classifica o desempenho educacional em 39 países e Hong Kong, que leva em conta habilidades cognitivas e de desempenho escolar a partir do cruzamento de indicadores da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como o Pisa, Timms (Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência) e avaliações do Pirls (Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização e Leitura).
Nesta edição, o Brasil subiu uma posição no ranking e está em 38º lugar, mas mesmo assim está entre os países que registraram queda no índice de desempenho escolar e habilidades cognitivas, ao lado de Argentina e México, que também estão no grupo das seis nações com a maior variação negativa em relação à média global (Tailândia, Colômbia, Argentina, Brasil, México e Indonésia).
A Finlândia, que aparecia em primeiro lugar em 2012, caiu para a 5a posição devido a um resultado mais baixo registrado nos exames de matemática e ciência. Na linha de frente aparecem Coreia do Sul, Japão, Cingapura e Hong Kong.
“O mais importante [do estudo] é a possibilidade de identificar pelo banco de dados da Curva de Aprendizado quais e como fatores sociais, econômicos e educacionais influenciam na qualidade da educação; e com essas informações identificar exatamente onde investir e atuar”, afirma Giovanni Giovannelli, presidente da Pearson no Brasil.
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