03/12/2013 - 06:40h
Foram mais de 400 quilômetros percorridos para que Vitória dos Santos pudesse apresentar na capital o projeto que há seis meses ajuda a desenvolver. Seu trabalho foi um dos 166 expostos na 3ª Feira de Ciências da Bahia, realizada na última semana, na Arena Fonte Nova.
Ela, que é aluna do nono ano do Colégio Estadual Armando Freire, em Itabuna, explica que a ideia de desenvolver um filtro de baixo custo surgiu a partir da percepção de que 70% da comunidade ao redor de sua escola não consumia água filtrada.
“É como um filtro comum, só que feito com garrafão de água mineral”, disse. Outros quatro estudantes fizeram parte do grupo que desenvolveu o projeto, mas apenas Vitória veio a Salvador apresentá-lo.
Ansiosa, ela aguardava o resultado da premiação do evento, que escolheu os melhores projetos em quatro categorias científicas (veja relação de ganhadores no quadro ao lado).
Protagonismo
Assim como a maior parte dos outros projetos da feira, o experimento da garota foi fruto do programa Ciência na Escola, que teve início no ano passado.
A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria Estadual de Educação (SEC), se baseia na capacitação de Professores para estimular e aprimorar o ensino de ciências.
“A ideia é que eles formem grupos nas suas regiões e multipliquem essa formação. Ano passado demos início apenas à capacitação e hoje temos 600 escolas participando ativamente”, disse Irene Cazorla, coordenadora do Instituto Anísio Teixeira.
Segundo Polyana dos Santos, articuladora do programa em Itabuna, o Ciência na Escola ajudou a aumentar o interesse dos estudantes pela ciência.“Com os articuladores indo de escola em escola, incentivando os alunos e professores, a participação na feira aumentou bastante”, disse.
De acordo com Polyana, um dos pontos fortes do programa é estimular os jovens a procurar soluções para os problemas da comunidade através dos conhecimentos da ciência.
Foi o que também fizeram Gabriele Lírio, aluna do 6º ano do Colégio Antônio Carlos Magalhães, e Nathália Neves, estudante do 3º ano do ensino médio da escola Sesc Centenário.
As duas são moradoras de Itabuna e desenvolveram projetos para captar a água da chuva e reaproveitá-la para os banheiros, horta e uso geral das suas respectivas escolas.
“A gente quer que isso sirva de exemplo para a comunidade e que as pessoas também façam isso nas suas casas”, disse Gabriela.
“É uma região que tem um alto índice pluviométrico. Acho que isso estimula os alunos a fazerem projetos de captação e reutilização da água”, afirmou Polyana.
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