16/03/2015 - 16:01h
Cerimônia de posse do novo diretor da Escola de
Engenharia (Foto: Luã Viegas/Arquivo pessoal)
A cerimônia de posse do novo diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), Paulo Sérgio Varoto, contou com um protesto silencioso de estudantes. Eles aproveitaram a presença do reitor da universidade, Marco Antonio Zago, para protestar contra o plano de demissão voluntária, pois temem que ele afete o restaurante do campus. A assessoria da USP negou prejuízo imediato no atendimento.
Os Universitários colaram cartazes na entrada do Anfiteatro Jorge Caron, onde foi realizada a reunião, com dizeres como "O Caaso em defesa da universidade pública. A creche é permanência", em refência ao fato da USP não abrir novas vagas na creche para filhos de funcionários. A gente tentou fazer aqui algo mais simbólico, visual, para passar mesmo para o reitor um recado sobre as implicações do PIDV na universidade, que atingem diretamente os estudantes, os funcionários e os Professores", disse um dos organizadores.
Alunos colaram cartazes na entrada do auditório
da posse (Foto: Luã Viegas/Arquivo pessoal)
"Há algumas áreas que já estão mais críticas no campus, como a creche, que neste ano não abriu vagas para receber novos alunos. A gente tem o bandejão também, com uma situação que está no limite e pode se agravar com a demissão de funcionários. Já temos exemplos de campi que não estão mais servindo a janta, estão seguindo outro sistema, completou.
USP
Em nota, a assessoria de imprensa da universidade confirmou que não houve ingresso de novas crianças, mas disse que o atendimento às já matriculadas continua normalmente. "Ressalte-se que as creches atendem filhos de funcionários, Docentes e alunos. No caso de funcionários e docentes, estes recebem o auxílio-creche, no valor mensal de R$ 574 por dependente, caso o filho não esteja matriculado na creche. Atualmente, cerca de 3.800 servidores recebem o benefício", informou a instituição.
Para alunos, plano de demissão pode afetar áreas
como moradia (Foto: Luã Viegas/Arquivo pessoal)
Quanto ao bandejão, a assessoria alegou que "não haverá prejuízo imediato no atendimento nos restaurantes".
Manifestação
No dia 12 de fevereiro, funcionários, pais e alunos protestaram por conta do corte de vagas na creche da USP em São Carlos e realizaram uma passeata para reclamar sobre a situação. O trajeto feito pelo grupo teve início na creche e continuou até a praça central do Campus I da USP em São Carlos. Com perucas, narizes de palhaço e pintura facial, eles tiveram também a companhia das crianças, que ajudaram a cantar versos como "Essa creche é nossa".
Plano de demissão
O plano de demissão voluntária lançado pela reitoria da USP em setembro de 2014 obteve 1.452 adesões consideradas aptas, segundo relatório divulgado pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage) da instituição no início de março. De acordo com a USP, os cortes vão representar uma redução de 4,4% dos gastos com folha de pagamento e de 8,5% no quadro total de servidores e técnicos administrativos. O investimento da universidade no programa será de cerca de R$ 300 milhões.
Manifestação de funcionários, pais e alunos de creche da USP de São Carlos (Foto: Orlando Duarte Neto/ G1)
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