10/12/2015 - 12:01h
A parede da casa da estudante Bruna de Oliveira Welte, de 17 anos, se transformou em um quadro negro. Ela passou tinta preta e adaptou o local para um objetivo nobre: melhorar o aprendizado e fixar o conteúdo estudado em sala. A jovem cursa o 1º período de enfermagem em uma Faculdade particular da capital. Além do método, ela surpreende pelos bons desenhos que faz. Nas mãos dela, até as células se transformam em arte.
Bruna diz que começou a aliar o desenho ao estudo no ensino médio. "Eu comecei a fazer desenhos enquanto o Professor explicava e percebi que ajudava no meu aprendizado."
Depois da descoberta, a estudante resolveu, no início do ano, dar uma utilidade à parede branca da casa onde vive com os pais e os irmãos.
Para quem não é bom em desenho, parece difícil fazer os esquemas, mas a estudante diz que é rápido e que quando estuda pelo quadro, nem vê as horas passando.
"Eu tenho facilidade em aprender com imagens. Estudo por meio das anotações no caderno, mas quando a matéria é complexa, eu faço os desenhos na parede", conta.
O quadro também é usado nas horas de folga. Bruna usa a parede para se expressar e colocar os desenhos e frases mais marcantes dos livros que ela lê.
Método Ideal?
A psicopedagoga Karen Inácia Vieira diz que o método usado pela estudante é excelente. "Você pode passar horas vendo vídeo-aulas e lendo a matéria, mas o cérebro só vai fixar quando você parar e começar a fazer registros. No caso dela, toda vez que ela desenha, o cérebro guarda, memoriza e assimila a informação", explica.
Karen diz que não existe um método ideal de estudo. O importante é que cada estudante crie o seu. "Cada um tem um método próprio. Outras maneiras de fazer com que o cérebro guarde o conteúdo é através de esquemas e palavras-chave que ligam uma ideia a outra. O ideal é que o estudante tire um tempo e, além de ler, use o seu melhor método para fixar o conteúdo", finaliza.
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