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Confira dicas sobre os teóricos do iluminismo no Projeto Educação

22/08/2014 - 11:01h

Movimento iluminista acreditava na força das ideias (Foto: Reprodução / TV Globo)
Movimento iluminista acreditava na força das ideias
(Foto: Reprodução / TV Globo)

Durante a história da sociedade, as ideias sempre transformaram as pessoas, a sociedade e o mundo. O movimento iluminista, também chamado de movimento das luzes, surgiu na França no fim do século 18 e trouxe à tona inovadores pensamentos, de vários filósofos, como ensinou o Professor Ricardo Gomes, na aula de história geral do Projeto Educação, nesta sexta-feira (22).

Alguns pensadores daquela época acreditavam que a transformação das pessoas seria possível se o máximo de conhecimento pudesse ser compartilhado. O saber seria o elemento de transformação da sociedade. Foi pensando assim que alguns filósofos iluministas organizaram a Enciclopédia das Ciências, das Artes e Ofício, uma enciclopédia com 35 volumes que tinha como objetivo divulgar o saber através da reinterpretação de mundo, a partir dos olhos da razão. Não cabia mais naquele momento a superstição, o preconceito, a autoridade, a opinião sem fundamento como forma de explicação do mundo, destacou o professor.

O governo, a criação de leis e as pessoas responsáveis por manter a ordem nas cidades fazem parte da proposta do contrato social. O contrato social seria a situação que os indivíduos de uma sociedade se organizam e definem quais são as leis as quais eles irão se submeter, explicou Ricardo Gomes.

Câmara de Vereadores de Olinda é a mais antiga em funcionamento no Brasil (Foto: Reprodução / TV Globo)
Câmara de Vereadores de Olinda é a mais antiga
em funcionamento no Brasil (Foto: Reprodução / TV Globo)

A partir daí, vários pensadores começaram a teorizar sobre o funcionamento social. A presença de um líder para organizar a sociedade é fundamental, de acordo com o matemático, teórico político e filósofo inglês Thomas Hobbes. Já que todos desejavam uma vida de paz, que eles entregassem a liberdade para alguém promover essa paz. Então, haveria aí a troca da liberdade pela paz. E este individuo que receberia o direito de exercer a violência legitima seria o estado, seria o soberano, exemplificou o professor.

A revolta da população contra os governantes era uma atitude justificável para o filósofo inglês John Locke. Segundo John Locke, esse governo que vai representar a vontade dos governados governa por concessão. A partir do momento que ele vier a desrespeitar a propriedade, a liberdade e a vida e exercer a força além do direito que foi dado a ele, os governados têm o direito de rebelião, destacou o professor.

Jean Jacques Rousseau nasceu na Suíça e também foi um importante filósofo a abordar o contrato social. Para Rousseau, a propriedade privada é motivo de desavenças, daí a necessidade de estabelecimento de um governo para controlar essa situação. Mas o governante deve governar de acordo com a vontade da sociedade. Então o soberano não é o governante, nominalmente falando, o soberano é o próprio povo, explicou Ricardo Gomes.

A Câmara de Vereadores de Olinda é a mais antiga em funcionamento no Brasil. Ela foi fundada no dia 10 de novembro de 1710. O local é uma espécie de casa do cidadão, pelo contrato social. Os representantes do povo são escolhidos, têm mandato pré-determinado e vão legislar, ou seja, criar leis para o bom funcionamento da cidade. Então, isto aqui é uma representação do que vem a ser o contrato social, finalizou o professor.



Fonte: G1


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