16/12/2013 - 12:01h
A direção da USP Leste decidiu antecipar as férias dos alunos por conta de problemas envolvendo piolhos de pombo e a qualidade da água no campus. Mais de 4.000 pessoas, entre alunos, Professores e funcionários, circulam diariamente pelo campus.
De acordo com nota enviada pela universidade aos estudantes e funcionários, as aulas já não acontecem a partir desta segunda-feira (16). As aulas estavam previstas para serem encerradas apenas na sexta-feira (20).
A medida foi tomada após três salas de aula terem sido interditadas na semana passada por causa de infestação de piolhos de pombos. Segundo a nota, uma empresa especializada fará uma inspeção detalhada nas instalações para determinar as providências necessárias.
A universidade diz que já estava prevista a dedetização e a desratização de todo o campus durante o recesso de fim de ano. A universidade diz que "deverão ser incluídas neste procedimento as ações relativas aos ácaros e pombos".
Além do problema dos pombos, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) analisou a água e encontrou turbidez e presença indevida de bactérias. Por conta disso, os bebedouros foram substituídos no campus por garrafões de água.
A USP Leste diz ainda que já foi iniciada a limpeza dos grandes reservatórios que recebem a água da Sabesp.
Segundo a USP Leste, as aulas vão voltar normalmente no dia 6 de janeiro.
A antecipação das férias traz prejuízos para os estudantes. De acordo com Pablo Ortellado, Professor de filosofia da USP Leste, a maioria dos alunos está em semana de avaliação até sexta-feira. "Eu mesmo daria uma prova importante na próxima quinta-feira", conta.
As provas foram postergadas para as proximidades do Natal por causa de uma greve de professores que aconteceu em setembro deste ano.
A paralisação aconteceu por conta de uma contaminação do solo do campus por metano. Na época, a Cetesb (agência ambiental paulista) chegou a interditar a área. No final de outubro, a universidade foi multada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) por não ter atendido às exigências técnicas no terreno contaminado. O campus foi construído sobre uma terra que contém lixo orgânico.
Ainda de acordo com Ortellado, há vários professores e alunos em tratamento por conta dos piolhos de pombo. "Tenho pelo menos três alunos que estão sob cuidados."
"A situação está caótica", diz.
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