17/09/2015 - 10:01h
Para Georgia Vassimon, psicopedagoga e orientadora do Ofélia, a escola não é apenas um local de ensino formal é também um espaço de formação, de direitos e deveres, de construção de relações de amizade, cooperação, solidariedade e cidadania, por tanto um lócus rico para desenvolvermos habilidades sociais.
No cotidiano da escola as relações entre indivíduos e grupos estão permeadas de conflitos e situações em que as crianças e adolescentes tem que lidar com as diferenças. Poder perceber o que sentem, nomear e aprender a lidar com esses sentimentos é muito importante para tenham mais consciência de si e do outro.
Gerenciar esses sentimentos e lidar com os problemas cotidianos ampliam o repertorio de como se relacionarem. Cada situação vivida e refletida com a ajuda do Professor ou do grupo, nas rodas de conversa, nas assembleias ou mesmo individualmente, vão dando mais consciência e habilidade para que possam lidar com essas questões de maneira mais criativa e assertiva.
Como o bullying é caracterizado como uma situação feita de maneira repetitiva através de agressões intencionais, verbais ou físicas, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. Ampliar o repertorio de estratégias de resolução de conflitos e de consciência de sentimentos favorece para podermos lidar com as situações de agressão, sem que elas fiquem repetitivas e crônicas.
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. E como as agressões se dão na relação poder trocar de papel nas brincadeiras, nas conversas, nas resoluções de conflito ter ajuda para poder ter vez e voz é importante para todos os estudantes, os medrosos, os valentões, os brigões, os tímidos, os bonzinhos, enfim todos possam diminuir as agressões intencionais e repetitivas.
Pensando nos adolescentes, a Coordenadora Pedagógica Nausica Riatto do Ofélia , entende o Cyberbullying, como um tema que merece uma ação continua.
As intervenções realizadas no Ofélia da Fonseca, em relação ao tema, têm como objetivo refletir conjuntamente com os estudantes, sensibilizando-os sobre os efeitos dessa prática na vida de colegas e da sociedade como um todo, e, consequentemente, levá-los a repudiar esse tipo de ação pela internet ou por qualquer outro meio. Entendemos que a escola deve ser um ambiente saudável e proporcionar uma convivência prazerosa entre os estudantes, desenvolvendo o respeito pelas diferenças e individualidades.
Num primeiro momento, conversamos sobre as atividades realizadas na Internet (jogos, pesquisas, conversas), e, posteriormente socializamos as experiências positivas e negativas e os fatos já vividos pelos estudantes, que eles trazem para a discussão. Abordamos também o uso que os estudantes fazem de sites (Facebook, Instagram, Youtube, Google e outros), destacando os aspectos positivos e negativos a eles incorporados, que envolvem tanto sua segurança, respeito e responsabilidade quanto a de seus colegas e amigos.
Partimos, então, da própria experiência dos estudantes, e propomos pensar com eles e colocar em prática na convivência escolar algumas medidas simples que todos deveriam tomar, para aproveitar com compromisso, segurança e responsabilidade as vantagens que a Internet nos oferece como recurso tecnológico de comunicação social em rede.
Georgia Vassimon – Orientadora Educacional da ed. Infantil ao 5ºAno
Nausica Riatto – Coordenadora Pedagógica do Fundamental II e Médio
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