18/09/2014 - 09:02h
O Brasil brilhou intensamente na Olimpíada Ibero-Americana de Biologia (OIAB 2014), que terminou no último fim de semana no México. A delegação brasileira conquistou uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze. Foi o melhor resultado do país na história da competição.
Durante a programação da OIAB, os jovens enfrentaram duas provas teóricas – envolvendo citologia, fisiologia vegetal, fisiologia animal, genética, evolução, biossistemática, e ecologia – e uma prática – sobre biologia molecular, ecologia, fisiologia e morfologia vegetal – que seguem o mesmo modelo da Olimpíada Internacional.
A medalha de ouro foi para a estudante Leticia Pereira de Souza (CE), enquanto as de prata ficaram com Gabriel Guedes (SP) e Ana Luiza Smith (BA). Mario Anderson levou o bronze (CE).
Daniel Berto, um dos Professores que acompanharam os estudantes, exalta o feito inédito, destacando a coalizão de forças como fator fundamental. “O bom desempenho do Brasil deve-se ao esforço dos alunos e à ajuda de seus respectivos colégios, bem como das instituições que lhes ofereceram treinamento prático e, claro, da coordenação da Olimpíada Brasileira de Biologia”.
Antes de viajarem, a equipe participou de um treinamento intensivo com professores das Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eles tiveram aulas teóricas e práticas de Bioquímica, Biotecnologia, Microscopia, Ecologia, Genética, Histologia vegetal e Dissecção de vertebrados e invertebrados.
Segundo a Dra. Leila Macedo, presidente da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), entidade responsável pela Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), as medalhas são fruto do empenho dos jovens nos estudos. “Além disso, foi importantíssima a colaboração de professores e pesquisadores na preparação da delegação brasileira. Com essa combinação de fatores, conseguimos fazer com que o nome do nosso país brilhasse na competição científica”.
Além da preparação promovida pelas universidades, a delegação ainda contou com o apoio do Conselho Federal de Biologia, do Conselho Regional de Biologia (CRBIO-02), do Instituto Butantan, do Instituto de Tecnologia ORT, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e da empresa Catalita Soluções.
Como participar
Para competir na OIAB – que, em 2015, será realizada na cidade de San Salvador, em El Salvador – ou na Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, na sigla em inglês), o aluno deve antes participar da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB). Podem participar da OBB jovens que tenham, no máximo, 19 anos, até o dia 1º de julho do ano corrente, e que estejam no ensino médio em andamento ou completo e que ainda não tenham feito matrícula numa instituição de ensino superior.
Apoio à iniciativa
Apesar dos grandes resultados internacionais, a Olimpíada Brasileira de Biologia corre o risco de não acontecer no próximo ano por falta de recursos. Instituições e empresas que tenham interesse em incentivar a iniciativa da Associação Nacional de Biossegurança podem entrar em contato pelo e-mail olimpíadas@anbio.org.br ou pelos telefones (21) 2220-8678 e (21) 2215-8580. O apoio financeiro poderá ser abatido do imposto de renda.
Mais informações: http://www.anbiojovem.org.br/
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