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Após greve, alunos da Ufac voltam às aulas e temem atraso em semestre

19/10/2015 - 13:01h

Ufac (Foto: Quésia Melo/G1)
Ufac (Foto: Quésia Melo/G1)

Com o novo calendário estabelecido depois de uma greve que durou pouco mais de quatro meses, os acadêmicos voltaram às salas da Universidade Federal do Acre (Ufac) nesta segunda-feira (19). Entretanto, o primeiro semestre de 2015 só deve ser concluído no dia 23 de dezembro. Com isso, os alunos se dizem preocupados quanto a correria na hora de rever conteúdos, possível reposição de aulas no fim de semana e trabalhos extracurriculares.

Acadêmico João Souza, 21 anos, que estuda o 5º período de Engenharia Civil (Foto: Quésia Melo/G1)
Acadêmico João Souza, 21 anos, que estuda o
5º período de Engenharia Civil
(Foto: Quésia Melo/G1)

Para o acadêmico João Souza, 21 anos, que estuda o 5º período de Engenharia Civil, uma das saídas seria um período menor de férias para os Professores. Além disso, ele destaca que conhece alunos que entregariam o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ou monografia, neste semestre, mas acabaram atrasando a apresentação do trabalho.

"O problema maior é o atraso. Por exemplo, agora o segundo período de 2015 vai ser no ano que vem. Aula no fim de semana é uma saída. Outra opção seria os professores não tirarem férias, isso poderia ajudar", acredita.

Laercio Silva, de 21 anos, conta que mal começou o curso e sua formatura já está atrasada. Ele cursa o primeiro período de química e destaca que a causa dos professores é justa, mas que se sentiu prejudicado. "Esse período vai terminar ano que vem. Nosso lado ficou prejudicado, mas os professores têm o direito deles, a causa é justa", disse.

Acadêmico do 3º período de Educação Física, João Paulo da Silva, 25 anos (Foto: Quésia Melo/G1)
Acadêmico do 3º período de Educação Física, João Paulo da Silva, acredita que aulas em contraturno podem prejudicar alunos que possuem outras atividades (Foto: Quésia Melo/G1)

Mesmo com as aulas nos fins de semana e contraturno sejam uma opção, o acadêmico do 3º período de educação física, João Paulo da Silva, 25 anos, diz que as alternativas podem não ser viáveis para alguns alunos. Silva fala da situação de acadêmicos que tinham trabalhos ou outras atividades para apresentar e que não podem ter o horário alterados.

"Primeiro que vai atrasar o curso e também porque a gente vem acostumado à rotina e depois quando para volta é complicado. Acho difícil ter aulas para repor, porque à tarde as pessoas fazem outras atividades. Acredito que devem passar trabalhos extras, tem Professor que vai querer facilitar e outros não. Acredito que não deveria ter férias, teríamos o recesso e depois tentaríamos adiantar para normalizar as aulas", destacou.

A acadêmica Paula Gadelha, de 18 anos, que cursa o 3º período de educação física disse que o problema é a correria na hora da aplicação de conteúdos, já que os professores precisam cumprir o novo calendário. "Só temos dois meses para encerrar o semestre. Esquecemos a maioria do conteúdo visto, os professores precisam ir rápido e vemos o novo conteúdo à jato, acaba que não aprendemos da forma como deveria", finalizou.

Paula Gadelha cursa Educação Física e teme correria na hora da aplicação de conteúdos (Foto: Quésia Melo/G1)
Paula Gadelha cursa Educação Física e teme correria na hora da aplicação de conteúdos (Foto: Quésia Melo/G1)

Greve da Ufac
A greve dos Docentes da Ufac foi deflagrada no dia 29 de maio deste ano. Em assembleia no dia 8 deste mês, a categoria decidiu pelo encerramento da paralisação. O primeiro semestre de 2016 está marcado para iniciar no dia 1° de junho do próximo ano, após mais 10 dias de férias em maio.


Fonte: G1


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