06/04/2015 - 15:01h
Um programa para reduzir a evasão escolar nas 44 cidades piauienses com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) será adotado a partir de maio no estado. O anúncio foi feito pela secretária de educação Rejane Dias, nesta segunda-feira (6), que prometeu bolsa de R$ 1,5 mil a cada estudante do ensino médio através do Poupança Jovem.
A medida adotada é uma das promessas do pacote de ações previstas pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc), que também prevê redução na taxa de analfabetismo e ampliação das escolas de tempo integral. Atualmente, a taxa de evasão escolar do Piauí é de 16,9% nas escolas públicas do ensino médio.
Rejane Dias assumira a Secretaria estadual de
Educação (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
De acordo com Rejane Dias, o Poupança Jovem vai atender 59 escolas de ensino médio e alcançar mais de 19.600 alunos. O objetivo do programa é que ao concluir o primeiro ano, o estudante recebe R$ 400 e as demais parcelas serão de R$ 500 no segundo ano e R$ 600 no último ano do ensino médio.
A evasão resulta na diminuição de matrículas, queda de recursos e em entraves para melhorarmos o índice educacional dos estudantes do Piauí como um todo. Por isso, abraçamos essa proposta com a esperança de evitar ao máximo que jovens deixem de concluir seus estudos. O Banco Mundial está disponibilizando R$ 35,5 milhões para executar o projeto entre os anos de 2015 a 2019, comentou.
O estudante ou responsável tem o direito de retirar 40% de cada um dos dois primeiros depósitos efetuados. Somente a última parcela pode ser retirada integralmente junto com o saldo remanescente das anteriores e os rendimentos. Para receber cada pagamento, o aluno precisa ser aprovado ao final do ano.
Para a secretária de Educação, o aumento no número de matrícula vai ajudar na vinda de mais financiamentos para o estado e contratação de Professores. "Queremos desta forma incentivar estas cidades e equilibrar as contas. Hoje o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] só paga os trabalhadores e não sobra nada para fazer investimento ", concluiu.
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