Utilizar a tecnologia para facilitar a comunicação dos deficientes visuais foi a motivação para as estudantes Amanda Barbosa, Débora da Silva e Jéssica de Almeida, do 8° semestre de Ciência da Computação da FAJ, desenvolverem um aplicativo para Android que possibilita a escrita em braille de mensagens de textos, em tela touchscreen, em aparelhos smartphone.
O JAD Braille, aplicativo projetado pelas alunas da FAJ, integra a linguagem braille com o áudio para auxiliar o deficiente visual na execução da atividade. “Com o nosso programa eles mesmos digitam e por meio de um fone de ouvido escutam o que foi escrito. A vantagem é que eles têm como corrigir, caso o texto esteja errado”, explica uma das autoras do trabalho, Débora da Silva.
Outro diferencial do software é a preservação da privacidade do usuário, já que as tecnologias existentes no mercado para esse público envolvem o reconhecimento de voz para a escrita de mensagens de texto, expondo o deficiente visual a falar o conteúdo da sms.
As autoras ainda não tentaram vender o aplicativo, mas a participação no 12° Congresso Nacional de Iniciação Científica, realizado pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo), foi o primeiro passo para dar visibilidade ao software, que, durante o evento, estava disponível para teste. “Tivemos retornos positivos sobre o aplicativo. Conseguimos uma boa colocação, ficando entre os 30 trabalhos mais bem avaliados”, conta Jéssica de Almeida, também autora do projeto.
Agora, as estudantes têm intenção de disponibilizar uma versão básica gratuita do JAD Braille no Google Play - loja oficial de aplicativos Android da Google. “Futuramente pretendemos disponibilizá-lo também para IOS e Windows Phone, que são outras plataformas para dispositivos móveis”, diz Jéssica.