É a busca de maior produtividade e rentabilidade na criação de animais e no desenvolvimento de produtos como carne, ovos, leite e seus derivados. Por meio de planejamento agropecuário, pesquisas nas áreas de seleção e melhoramento genético e técnicas de nutrição e reprodução, o zootecnista atua em toda a cadeia produtiva animal. Coordena a criação e busca o aprimoramento genético de rebanhos bovinos, ovinos, suínos e aves. Pesquisa nutrientes, acompanha a fabricação e controla a qualidade de rações, vitaminas e produtos de saúde e de higiene para os animais. Trabalha também nas indústrias alimentícias, na produção de alimentos de origem animal, como laticínios, frios e embutidos.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE ZOOTECNIA E MEDICINA VETERINÁRIA?
Os cursos apresentam certa sobreposição de matérias, e, eventualmente, as informações de ambos vão se cruzar. No entanto, o zootecnista tem conhecimentos focados na área de nutrição e alimentação, melhoramento genético e administração, buscando maior produtividade e rentabilidade na criação de animais. Já o médico veterinário é um profissional concentrado na saúde dos animais, sendo responsável pela assistência clínica e cirúrgica e pelo controle da fabricação de produtos de origem animal. No mercado de trabalho, eles atuam juntos.
Os investimentos na indústria alimentícia no Brasil não param de crescer, tampouco as exportações. Só no primeiro trimestre deste ano, o país exportou 9 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos."Há necessidade premente de mais profissionais não só de zootecnia, mas de profissões ligadas à agroindústria em geral", explica Marcio Machado Ladeira, coordenador do curso da Ufla, em Minas Gerais. As regiões mais aquecidas são o Centro-Oeste, cujo motor da economia é o agronegócio; o Sudeste, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais para o especialista em bovinocultura; e o Norte. No Nordeste, as melhores oportunidades estão na criação de caprinos, ovinos e avestruzes, e também na de peixes e camarões. No sul do Brasil e nos estados de Mato Grosso e Rondônia, surgem empregos em fazendas e propriedades rurais, cuidando do planejamento rural e da saúde animal. O segmento da carne orgânica (em que os animais são criados com uso restrito de hormônios e medicamentos), embora ainda incipiente, também começa a ganhar espaço, pois cresce o número de pessoas que se preocupam com uma alimentação mais saudável. Isso deve aumentar a demanda por profissionais de zootecnia nos próximos anos. Na Região Sul, o forte é a criação de aves e suínos, mas vem aumentando a criação de ovelhas para produção industrial de lã. No Rio Grande do Sul, concentra-se a produção para exportação de bovinos vivos. Nas áreas urbanas dessas regiões, há perspectivas de trabalho em laboratórios de pesquisa e biotecnologia, em empresas de exportação de produtos de origem animal e em companhias de informática, no desenvolvimento de softwares gerenciais específicos para a área. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, cresce o mercado de caprinos e ovinos e ainda são poucos os técnicos especializados para ocupar as vagas. "Também oferecem vagas os fabricantes de ração, que contratam o zootecnista para orientar os criadores no uso dos produtos", completa o professor. No setor público, tem aumentado a contratação por meio de concursos de profissionais para fiscalização rural em prefeituras de todo o país. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é um grande empregador do zootecnista para realizar pesquisas e projetos com produtores rurais.
Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Sindicato dos Zootecnistas do Estado de Santa Catarina).
Biologia, genética, citologia, química, anatomia e zoologia são as disciplinas básicas do currículo. Nutrição animal, ciências do solo e forragicultura, biologia molecular e melhoramento genético animal também são matérias do curso, entre outras. Os conhecimentos de informática e administração completam sua formação. Os fundamentos da zootecnia são oferecidos a partir do terceiro ano, em matérias como parasitologia, melhoramento genético e bioclimatologia, além de técnicas de manejo de rebanhos e de criações. O aluno também entra em contato com o processo de fabricação de alimentos de origem animal. Algumas faculdades incluem no programa o estudo de espécies silvestres, que têm o consumo regulamentado no país - como o jacaré, a capivara e o javali. O estudante deve cumprir 3.600 horas-aula, no mínimo. Para obter o diploma é obrigatório fazer um estágio supervisionado e apresentar o trabalho de conclusão de curso.
Duração média: cinco anos.
Cuidar da preservação e do aproveitamento econômico de espécies silvestres. Estudar processos e regimes de criação desses animais.
Orientar o consumidor na escolha e na compra de rações e medicamentos para os animais.
Coordenar o planejamento e a realização de rodeios, exposições e feiras agropecuárias. Supervisionar atividades relacionadas a animais de esportes e lazer e as que envolvem terapias humanas com a utilização de animais.
Fazer a avaliação genética e desenvolver e determinar sistemas e técnicas de cruzamento e inseminação artificial para garantir rebanhos mais saudáveis, férteis e produtivos. Proceder à seleção dos animais visando à formação do rebanho matriz para reprodução.
Formular e desenvolver suplementos alimentares em indústrias de ração e de vitaminas. Pesquisar as necessidades nutricionais do rebanho. Controlar a qualidade dos alimentos usados na nutrição animal e dar orientação técnica ao consumidor na escolha de rações.
Estudar o aperfeiçoamento dos métodos de abate e cruzamento, pesquisar novos produtos de origem animal para os quais existe demanda, aprimorar sistemas de tratamento e despejo de resíduos para a preservação do meio ambiente.
Planejar e organizar construções rurais, pastos e projetos de criação de animais em propriedades como fazendas, granjas e haras para aumentar a produtividade dos rebanhos e minimizar os custos de produção. Comprar e vender animais, acompanhando preços.
Cuidar da saúde de rebanhos, supervisionando as condições de higiene, a aplicação de vacinas e remédios e as condições ambientais. Planejar e avaliar as instalações utilizadas para a criação de animais visando ao conforto e à funcionalidade. Supervisionar feiras e exposições oficiais de animais.
Não foram encontradas faculdades para este curso