É a ciência que estuda a linguagem verbal, a gramática e a evolução dos idiomas. O linguista investiga as línguas das diversas sociedades e sua relação com outros idiomas. Analisa a estrutura e a sonoridade das palavras e das sentenças, o significado dos termos e das expressões idiomáticas, bem como as diferenças de uso por grupos regionais ou sociais. Pode trabalhar na elaboração de material didático e no planejamento de projetos de alfabetização. A informática e a estatística são ferramentas fundamentais em suas pesquisas, assim como bons conhecimentos de sociologia, antropologia e psicanálise. Em interação com especialistas em psicologia, estuda os processos que envolvem a linguagem e a mente. Com profissionais de informática, desenvolve linguagem artificial.
A área de pesquisa e ensino de nível superior é a que oferece mais oportunidades ao profissional, mas há chances de colocação em outros setores. Nas editoras, ele é requisitado para cuidar, junto com uma equipe, da preparação de livros didáticos e de dicionários voltados às mais diversas áreas do conhecimento. Também pode trabalhar na criação de softwares em empresas de informática. "Outro segmento que tende a crescer é o trabalho do linguista especializado em Libras, a Língua Brasileira dos Sinais, principalmente por causa das leis de inclusão para deficientes", diz Maria Cristina Fernandes Salles Altman, coordenadora do curso da USP. Outro nicho com perspectivas de crescimento da demanda é o de avaliação da linguagem normal e patológica. Nesse campo, os linguistas trabalham com pedagogos, psicólogos, médicos e fonoaudiólogos, ajudando-os a encontrar soluções para casos de distúrbios da fala. O especialista encontra vagas, ainda, em laboratórios de fonética para atuar com o fonoaudiólogo na elaboração de laudos utilizados para, entre outros fins, solucionar casos policiais e judiciais. As vagas aparecem com maior frequência na Região Sudeste. Nos últimos anos, houve um aumento no número de concursos públicos para linguistas em outras regiões, como o Nordeste.
Salário inicial: R$ 1.500,00 (fonte: profa. Heloísa Maria Moraes Moreira Penna, da UFMG).
O currículo inclui disciplinas como fonética, sintaxe, análise do discurso, estudo das línguas (portuguesa, clássicas, estrangeiras modernas e indígenas) e neurolinguística. Recentemente, algumas universidades incluíram a matéria tratamento computacional das línguas, na qual o aluno aprende a manusear programas de computador que fazem tradução e correção (gramatical e léxica) de textos. Há instituições que realizam trabalhos de campo, nos quais se investiga a língua de determinada comunidade para documentar suas particularidades. Em algumas faculdades, exige-se a apresentação de uma monografia para a conclusão do curso.
Duração média: quatro anos. Outro nome: Letras (ênf. em est. linguísticos de líng. port.).
Avaliar problemas de linguagem e propor terapias de recuperação em parceria com médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e pedagogos.
Pesquisar os sons, a morfologia, a sintaxe e a semântica de idiomas e elaborar dicionários e gramáticas. Criar meios de preservação da fala e da escrita de grupos étnicos minoritários. Descrição dos sons da voz Reconhecer vozes e verificar a autenticidade de gravações em laboratórios de fonética de universidades e órgãos policiais ou judiciais.
Orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e práticas. Investigação de autoria de textos Pesquisar as características de um texto para determinar sua autoria.
Trabalhar em equipe com profissionais de informática na elaboração de programas que façam o computador responder a comandos de voz.
Auxiliar profissionais a aperfeiçoar a pronúncia e a fluência em uma língua estrangeira.
Não foram encontradas faculdades para este curso