Engenharia Metalúrgica é um ramo da engenharia, mais precisamente da engenharia de materiais que é dedicado ao estudo dos materiais metálicos, englobando sua caracterização estrutural, propriedades mecânicas, produção e processamento.
Os dois primeiros anos são de aulas básicas de cálculo, física e química, em dois turnos. Boa parte das disciplinas específicas, do 5º ao 10º semestre, ocorrem em laboratórios. Os estudantes se envolvem em pesquisas, projetos e trabalhos como a certificação de materiais e perícias. Professores e alunos estudam em dez áreas: metalurgia física, processamento mineral, siderurgia, estudos ambientais para metalurgia, fundição, processos eletroquímicos e corrosão, transformação mecânica, termodinâmica computacional e fundamentos de economia e administração.
O engenheiro metalurgista é o profissional que desenvolve, executa e coordena projetos de tratamento e de produção de metais, é responsável por todo processo de beneficiamento de minérios, por sua transformação em ligas metálicas com propriedades físicas, químicas e metalúrgicas adaptadas a usos diversos, e estuda a utilização desses metais na confecção de máquinas, estruturas ou peças. Na indústria, determina a composição química dos metais e seu modo de industrialização. O engenheiro metalúrgico é também responsável pelo desenvolvimento de novas ligas metálicas, com propriedades físicas, químicas e metalúrgicas adaptadas a usos diversos.
O mercado está aquecido para o profissional na metalurgia e mineração, pois a demanda ainda é maior que a oferta de formados. Engenheiros metalúrgicos encontram boa chance de emprego em empresas dos setores mecânico, metalurgia de metais não ferrosos, automobilísticas, de mineração, de armamento, de base, áreas de extração mineral. Outro campo promissor está nas indústrias aeronáuticas e siderúrgicas. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Brasil é o nono maior produtor e o 13º exportador mundial do aço. Novos investimentos garantem perspectivas positivas de emprego na área para os próximos dez anos. Nas mineradoras, especialmente as dos setores de alumínio e cobre, o profissional trabalha na área de metalurgia primária, que inclui a laminação e a fundição dos produtos. Os empregadores concentram-se principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco, Ceará, Pará e Maranhão. Os engenheiros metalúrgicos também são requisitados em setores públicos, empresas de projetos e de consultoria, indústrias de autopeças, além de bancos para fazer análise de projetos e centros de pesquisa. Outro campo em crescimento é o do ensino, já que a tendência é de aumento no número de cursos oferecidos no país.
O parque siderúrgico brasileiro tem 25 usinas, administradas por 11 empresas. A privatização trouxe ao setor uma concorrência expressiva de capitais. Assim, muitas empresas produtoras ampliaram o interesse na siderurgia. O parque produtor brasileiro é novo e passa por um processo de atualização tecnológica. O parque metal-mecânico do Brasil está aquecido com novas unidades.
A Petrobras é a empresa que mais contrata engenheiros metalúrgicos no país. Eles atuam em inspeção, pesquisa, dutos, refinarias e apoio nas plataformas. O profissional também trabalha em bioengenharia (uso de próteses para o corpo humano), controle ambiental e em processos de indústrias automobilísticas, mecânicas, instituições de ensino e pesquisa.
O piso salarial do engenheiro é oito salários mínimos, variando de estado e por função exercida.
Os laboratórios da faculdade funcionam como porta para o mercado. O aluno deve buscar oportunidades e caprichar no trabalho de conclusão.
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