A engenharia de pesca é um ramo da engenharia e da biologia que desempenha atividades referentes ao aproveitamento dos recursos naturais aquáticos, através da aquicultura, da pesca e do beneficiamento do pescado, bem como da preservação dos estoques pesqueiros e da fauna aquática.
Aplica conhecimentos básicos da biologia e das ciências exatas (física, matemática e química) para desenvolver técnicas que permitam melhorar os resultados das atividades pesqueiras.
A Engenharia de Pesca utiliza ferramentas como: a computação, a física, a química, a matemática e um conjunto de técnicas para o desenvolvimento de suas atividades, entre as quais, modelos matemáticos.
As disciplinas das áreas das ciências exatas e biológicas, como cálculo, estatística, ecologia e zoologia, fazem parte do currículo deste profissional. O estudante tem, ainda, aulas de biologia pesqueira, bioquímica, meteorologia e tecnologia do pescado, aqüicultura, economia e administração de empresas pesqueiras.
As aulas práticas e teóricas ocupam boa parte da carga horária. As aulas práticas são realizadas em laboratório e a campo. Nelas, o aluno aprende técnicas de navegação, métodos de processamento do pescado, cultivo de peixes, moluscos, crustáceos, plantas aquáticas e outros organismos aquáticos.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), há 15 cursos de engenharia de pesca distribuídos no país, 11 deles oferecidos por universidades federais, três em universidade estaduais e um em instituição particular. O aumento no número de cursos aconteceu em decorrência da demanda de profissionais especializados no país, avaliam os professores.
O curso de engenharia de pesca é focado nas disciplinas da área biológica, embora a carreira exija também conhecimentos nas ciências exatas. “Os primeiros anos do curso, conhecidos como ciclo básico, têm aulas de matemática, cálculos, física”, diz Paulo Travassos, professor do curso de engenharia de pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), primeira instituição a oferecer a carreira no país.
Segundo Travassos, o curso é dividido em três grandes áreas: tecnologia de pesca, em que os alunos vão aprender toda a metodologia usada nos pescados no país, tanto em água doce como em água salgada; tecnologia do pescado, que é a área mais voltada para a conservação dos peixes e forma de comercialização (para garantir a qualidade do produto para o consumo); e a ecologia das espécies exploradas comercialmente, em que é englobado o conhecimento da biologia animal (como a atividade reprodutiva e alimentar dos peixes).
As duas principais áreas de atuação, segundo Travassos, são a atividade de captura do pescado (no mar ou em água doce) e a aqüicultura (produção de peixes em cativeiro para a geração de alimentos). “O nosso curso está passando por uma reformulação total da grade curricular para que ele atenda às necessidades do mercado de trabalho. Atualmente temos menos disciplinas obrigatórias e mais optativas, para que o aluno possa montar seu curso da melhor maneira”, disse o professor.
Não foram encontradas faculdades para este curso