A profissão
O Desenho Industrial, também chamado de Design, é a configuração, concepção, criação e definição de um objeto ou serviço. As empresas têm usado o design como poderoso instrumento para criar diferenciações nos produtos e destacar-se no mercado, posicionando se melhor diante de seus concorrentes. É uma ferramenta que permite adicionar valor e competitividade aos produtos industrializados.
Da prancheta do designer industrial pode sair tanto um automóvel quanto uma escova de dentes ou um aspirador de pó. A profissão surgiu no final do século XIX, com o processo de industrialização da Europa e dos Estados Unidos. Hoje, é um dos maiores diferenciais para a competitividade industrial.
Cuidar do design, segundo alguns teóricos, significa simplificar, eliminando o supérfluo até chegar ao essencial. Ao definir a forma do produto, o designer não busca apenas o valor estético. Ele também se preocupa com a funcionalidade da peça. Terminado o projeto, o profissional deve participar de outras esferas de decisão, como a escolha dos materiais que viabilizem a produção e a venda. O designer também pode trabalhar com programação visual, criando cartazes, marcas, logotipos, capas de livros e discos, além de embalagens.
Na maioria das faculdades, o curso de Desenho Industrial oferece duas especializações: projeto de produto e programação visual. No primeiro, o aluno lida com análise de materiais industriais e faz projetos e protótipos. No segundo, ele estuda produção e análise gráfica, uso das cores, impacto das imagens e criação de desenhos, logotipos e embalagens.
De modo geral, as faculdades estão oferecendo cursos de boa qualidade. Na hora de fazer a opção, o candidato deve conferir, sobretudo, o nível das instalações. Já que o designer passa grande parte do tempo ocupado com pesquisas de novas tecnologias, os laboratórios precisam ser bem equipados. A Faculdade de Desenho Industrial da Faap, em São Paulo, é tida como uma das melhores e mais bem aparelhadas. Recentemente, foi a primeira escola brasileira convidada a participar da Feira do Design, em Milão, um dos eventos internacionais mais importantes nessa área.
Indústrias de todo tipo, desde as automobilísticas até as de brinquedos, contratam o designer industrial. Outro setor com boa oferta de trabalho é o têxtil. Na área de programação visual cresce a procura por criadores de sites para a internet. Também estão em alta os profissionais que desenvolvem projetos de identidade corporativa em empresas, criando desde o logotipo até o uniforme dos funcionários.
Segundo Suzana Mara Sacchi Padovano, coordenadora do curso de Desenho Industrial na Faculdade de Artes Plásticas da Faap, atualmente há mais oportunidades no ramo da programação visual, pois a crise econômica dificulta o desenvolvimento de projetos industriais. “A fabricação de objetos de design requer investimentos altos e as indústrias não estão tendo fôlego para isso. Assim, o grande desafio do profissional é conscientizar o empresário de que um objeto sem design é um produto de risco. O design agrega valor ao produto em termos de estética, ergonomia, conforto e funcionalidade”, avalia Suzana.
Ainda assim, alguns setores conseguem sobreviver a esse momento desfavorável: movelaria, eletrodomésticos e calçados. O setor de móveis, de acordo com Suzana, é um dos que mais requisitam o designer. “Poucos anos atrás, a indústria moveleira nem cogitava contratar esse profissional. Limitava-se a copiar criações de Milão, o principal centro de design do mundo”, conta. As confecções de calçados e bolsas e também as joalherias atravessam uma boa fase, mas têm dificuldade para preencher as vagas de designers. “Os alunos e recém-formados deveriam dar mais atenção a esses segmentos”, aconselha Suzana. O salário inicial desse profissional varia entre R$ 800 e R$ 1,5 mil.
O programador visual, também chamado de designer gráfico, é o profissional que se ocupa do projeto de sistemas de informações visuais relacionados à mídia impressa e digital interativa, tais como identidade visual de empresas, sinalização, editoração e impressos em geral, embalagens e multimídia. As oportunidades de trabalho estão nas indústrias gráficas, editoras, departamentos de criação de agências de publicidade, departamentos de arte, criação e design de empresas. O designer gráfico também atua em produtoras de multimídia e webdesign, estúdios de vídeo e animação, órgãos públicos, entre outros.
O curso
O curso está estruturado em cinco grandes eixos de formação básica, profissional, complementar, humanista e específica. A metodologia de ensino prioriza a construção do conhecimento através da experimentação, da proposição de situações-problema ou cenários, sobre os quais o acadêmico deve refletir, pesquisar e conceber soluções no âmbito do design gráfico.
Estruturas de apoio
O curso de Desenho Industrial disponibiliza aos alunos, além das salas de aula para o ensino do desenho e do projeto, laboratório e estúdio fotográfico, laboratórios de computação gráfica, de artes gráficas, de informática, de programação visual e de materiais e modelos. Os alunos ainda contam com salas de desenho, biblioteca especializada, anfiteatros, salas de projeção de vídeo e auditórios. A PUCPR também disponibiliza locais para exposições e demais dependências e equipamentos de infra-estrutura necessários para o bom funcionamento do curso.
Instituição | Universidade São Judas Tadeu - USJT |
Website | http://www.usjt.br |
Cidade / UF | São Paulo / SP |
Classificação | Particular |